quinta-feira, 28 de julho de 2011

Saudades de 2008/2009...

Assistindo Grêmio x América-MG ontem, cheguei a uma triste constatação. Que me dói muito, mesmo: o Grêmio “desaprendeu” como se joga dentro de casa. Não temos mais aquela imposição de times de outrora. Eu estava acostumado a vir ao Monumental preocupado apenas em saber de quanto iríamos ganhar. Mas esse ano a coisa está muito diferente.
Ontem, vi um time que, no papel, é muito bom. Tem bons nomes, jogadores experientes e de qualidade. Mas vi um time que não tem contado com a sorte ultimamente. Talvez não esteja com sorte, pois está faltando, leia bem, está faltando, competência para mostrar em campo a qualidade que tem e voltar a vencer.
E, falando em qualidade, volto aos anos de 2008 e 2009. No primeiro, tínhamos Celso Roth no comando e uma ideia de time que estava dando certo, na medida do possível. Digo isso, pois fizemos um belo campeonato, quase saímos campeões, diga-se de passagem. Na relação nome por nome, nosso time não era tão bom. Porém, era um time que tinha gana de vencer e mostrava isso através de sua imposição física e na marcação forte que o 3-5-2 do Juarez exercia.
Estávamos com uma longa série de jogos sem derrota em casa, fato que, apesar da falta de títulos, trazia um pequeno conforto para nós torcedores. A relação de parceria entre time, torcida e direção estava indo bem, projetávamos um futuro brilhante. Jogadores como Rafael Carioca, Felipe Mattioni e William Magrão despontavam como revelações da base aliados a Victor, Tcheco, Pereira, Réver e Souza, entre outros “cascudos“. Encerramos o campeonato com apenas uma derrota, um 2x1 pro Goiás.
Em 2009, fizemos uma muito boa Copa Libertadores. Caímos nas semifinais, diante do Cruzeiro, devido a uma má atuação na primeira partida. Mas seguíamos com aquela característica: um bom time, com algumas peças de qualidade, que primava pela marcação com autoridade e futebol-força. Dentro de casa, pelo menos, dava resultado. Fomos o 1º time a não perder um único jogo em casa pelo Brasileirão em pontos corridos com turno e returno, com direito a um recorde de 51 jogos sem derrota no Velho Casarão.
Mas neste ano parece que a ordem mudou nas imediações do Estádio Olímpico. Nosso time dá impressões de que perdeu a sua “cara de Grêmio”. Aquele tão falado perfil de time guerreiro, raçudo e peleador, de garra charrua que marcou os times do Grêmio não se faz mais presente. Há quem diga que o Grêmio está “acariocado”. Um time de qualidade, que tinha tudo pra fazer um campeonato muito bom. Douglas, um craque, diferenciado, mas que volta e meia aparece “sem vontade”. Gabriel, ótimo lateral direito, mas parece que ficou em 2010. Mas não se pode só criticar. Rochemback e Gilberto Silva caíram como uma luva um para o outro, Mário Fernandes é tão bom que fez Rafael Marques melhorar. O problema desse time: como tem um perfil mais técnico, parece que falta poder de indignação, raça e vontade de mostrar quem manda.

quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Montanha-Russa Chamada Fábio Rochemback

Janela de contratações de 2009, o Grêmio precisando de reforços depois de ter caído nas semifinais da Copa Libertadores. Pressão por parte da torcida, impaciente com a gestão do então presidente, Duda Kroeff. A direção anuncia a contratação de um volante brasileiro, que estava em Portugal. Meio esquecido, fora de forma e desprestigiado. Mesmo depois de passagem por Barcelona, Sporting e Middlesbrough. Tinha tudo pra dar certo, se não fosse o fato de ele ser revelado pelo Inter.
Fábio Rochemback, gaúcho de Soledade. Gremista que começou a carreira no rival, pois foi onde teve oportunidade. Típico perfil de volante: porte físico forte, dono de passe qualificado e um petardo na sua perna direita. Começou como reserva do time de Marcelo Rospide, técnico que assumiu a equipe na queda de Paulo Autuori. Alternando sempre boas e más atuações, Fábio se destacava mais por estar sempre acima do peso e “desacostumado” a treinar forte.
2010 chegou, Silas assumiu o comando do Grêmio desde a pré-temporada. A parceria com Paulo Paixão fez com que o trabalho físico ajeitasse a vida de Rochemback, fato que culminou com o aparecimento, enfim, do futebol do volante. Um bom Gauchão, com o título garantido e a vaga no time titular surgindo graças às suas boas atuações e seu perfil de liderança.
Mas a descida da montanha-russa veio forte. O time não estava mais se encaixando, acabaram-se as vitórias e boas atuações, até que Silas, e a Direção de Futebol, caíram. A torcida pressionou, e Duda aceitou. Surgiu então Renato Portaluppi, o ídolo-treinador que foi o responsável pela elevação no percurso desta montanha. Fábio foi alavancado ao posto de Capitão do Grêmio, teve um posicionamento definido na equipe e, finalmente, rendeu o que todos esperavam.
A campanha de 2010, pós-Renato, foi brilhante. O time todo estava bem e Rochemback jogava o fino da bola. Tamanha habilidade pra bater na bola, com direito a inúmeros lançamentos “de uma área a outra”. Sem esquecer-se do futebol “com a cara do Grêmio”, a cada chegada forte ou carrinho dado pra desarmar o adversário. Mas, como diria o narrador da história de Joseph Klimber: “a vida é uma caixinha de surpresas...”.
Nossa campanha na Libertadores 2011 não foi boa, fomos eliminados nas oitavas-de-final. O Gauchão, depois de ganharmos o Gre-Nal do Beira-Rio, nós perdemos também. Renato foi embora. E, descendo de novo a montanha-russa, a torcida está “estranhando” as últimas atuações de Rochemback.
Particularmente, eu concordo em partes. Meus argumentos: ele errou em lances capitais em 02 jogos seguidos, vem errando mais passes do que o habitual. Mas, tudo isso, porque ele é o jogador que mais tem corrido no time do Grêmio. Desarma, ajuda a defesa, leva o time pra frente, e ainda orienta, dentro de campo, o posicionamento do time. Então, não seria um pouco de exagero dessa parte da torcida? Você concorda comigo? Ou também acha que a montanha-russa do nosso Capitão tá em descida de novo? Opine, não dói nada e é de graça.
                                                              
                                                                                                               Por @
“Agora é Entregar pro Victor” 

Foi com essa frase que nosso camisa 12 encerrou sua entrevista depois do empate de ontem em Santa Catarina. Dono de uma bela atuação, com, pelo menos, quatro defesas importantes, só não dá pra dizer que Marcelo Grohe fez chover porque já estava chovendo antes do jogo. 
O jogo começou em alta tensão, veloz e pegado. O Figueirense abusou dos ataques pelas pontas, principalmente pela ponta direita do seu ataque. Bruno Collaço “pagou seus pecados” ao ter que enfrentar o bom lateral-direito Bruno e as descidas perigosas do Fernandes, o nº 10 dos Catarinas. 
Na meia cancha, a dupla de cascudos Gilberto Silva e Fábio Rochemback está se encaixando e tem tudo pra dar certo. Gilberto mostrou, mais uma vez, que é PhD no assunto desarme sem falta. E nosso capitão, ontem, voltou a jogar bem. A outra parte do meio-campo Tricolor é que foi motivo de preocupação para nosso treinador Julinho Mixaria Camargo. Douglas não esteve em noite inspirada, tendo como único destaque uma jogada individual em que obrigou Vilson a fazer uma bela defesa, depois do canhotaço do “Seu Boneco”. 
As decepções maiores, no entanto, ficam por conta de Escudero e Leandro. Motivo? Escudero parece ter ficado em Porto Alegre se analisarmos sua função principal, a de co-articulador ao lado do Douglas. Sim, porque sua atuação fez com que os “pecados” do Bruno Collaço fossem pagos de forma menos sofrida. E Leandro... Bom, quando Leandro entender que sua semelhança com Neymar deve ficar apenas no cabelo, e não na fama de cai-cai, ele pode se tornar um grande jogador. Leandro, em pé, é um atacante veloz e voluntarioso. Caindo do jeito que ele anda, será uma nulidade e irá para o banco logo. Sem esquecer de André Lima, que nada pode fazer em campo se seu “plantel de apoio” não lhe abastecer com bolas “decentes” para uma conclusão que possa resultar em gol. 
No final, o destaque maior, esse sim, muito positivo, ficou por conta de Marcelo Grohe. Nosso goleiro foi um monstro, pegou até “a mãe do juiz”. Na “Ilha da Magia”, Marcelo teve uma noite mágica. Pelo chão, pelo alto, até na hora do pênalti, o segundo que ele pegou nesta temporada. Que, aliás, só o juiz “bonitão” viu. Bonito, né, sr. Diego Pombo? 
Agora, fica a pergunta. Victor está de volta da Seleção, e está à disposição de Julinho. Você acha que Marcelo Grohe deve seguir como titular da meta gremista, ou, como disse Marcelo, “agora é entregar pro Victor”?
                                                                                         Por @MaUrInHoDuTrA


quarta-feira, 20 de julho de 2011

Temos que vencer

 
     Confesso que dois sentimentos se mesclam nesse torcedor que vos escreve: o da angústia e insegurança. Aquele,pois,infelizmente,não jogamos com objetivo de ganhar a partida;esse,porque,mais uma vez,não desempenhamos um bom futebol e se não fosse Marcelo, teríamos perdido o jogo e deixado de ganhar os tão preciosos 2 pontos.
    Nesse contexto, é válido ressaltar que o empate não foi um ruim resultado, visto que o Figueirense tem um bom elenco e atualmente é o segundo time da região sul melhor classificado, ficando atrás apenas do Internacional, com 2 jogos a mais.No entanto, acredito e a maioria dos Leitores concordarão comigo, que o Grêmio é muito mais qualificado em comparação com o time do Figueirense e a busca por resultados positivos deve ser sempre visados, devido a sua história e seus importantes títulos.Sendo assim,com análises que realmente qualificam o Time do Sul, a vitória era o resultado que nos traria mais alegria e confiança.
     Com efeito,julgo que o Julinho Camargo escalou bem o time. Num 4-4-2 que nos davam a esperança que o resultado viria.Infelizmente, fomos atacados quase os 90 minutos, sempre sofrendo ameaças de gol do time catarinense.Mas, no segundo tempo, as alterações que fez, não surtiu positivamente e o time continuou sofrendo ataques do Figueirense.Não concordei com a última substituição,ao tirar Douglas para colocar Marquinhos,mesmo com o camisa10 fazendo uma péssima partida.Gostaria, que os dois jogadores jogassem juntos para dar mais força ofensiva para a equipe!
     Portanto, não devemos nos contentar com resultados que não seja a vitória. Só peço, Torcedores Gremistas, que acreditemos e não nos cansemos de torcer, ainda que sentimentos de aflição nos afetem!

                                                                                                      Por @Jandrey_jgo

segunda-feira, 18 de julho de 2011

A Pressão da Marca da Cal

Minutos finais da decisão, seja ela de título ou classificação para a fase seguinte. Corações na arquibancada começam a ficar atônitos. Unhas sendo roídas, os “técnicos da arquibancada” começam a debater qual seria a melhor lista, aguardando que o treinador divulgue a lista oficial.
Começam as dúvidas. Esse treinou melhor, aquele tá cansado. E assim por diante. Entram as teses banais de toda decisão que vai acabar nos pênaltis. Loteria? Sorte? Competência? Ou todas as teorias cabem no momento?
Mas, voltando ao início, veja alguns exemplos recentes de como é curioso o momento que vai da escolha do treinador até a hora em que todos os olhos do estádio se voltam para 03 pessoas: o batedor, o goleiro e o árbitro:
Exemplo 01: O ano era 2007, decisão das quartas-de-finais da Copa Libertadores. O confronto: Grêmio x Defensor (URU). Você lembra quem foi o 4º cobrador escolhido por Mano Menezes? Ah, não? Foi Ramon, meia-atacante, desafeto do torcedor. Na visão do torcedor, seria o último (entre todos os 11). Eis que vem a cobrança, e Ramon converte de forma perfeita, alto e no ângulo. Vitória gremista e passaporte carimbado para encarar o Peixe na Semifinal.
Exemplo 02: Esse, mais recente. Final da taça Farroupilha, 2º turno do Gauchão. Gre-Nal no Estádio Beira-Rio. Um clássico eletrizante, diga-se de passagem. Com direito a empate do Grêmio no último minuto com gol do Jr. Viçosa. Começa a decisão, Renato escolhe Borges para abrir a série. Centroavante, acostumado a fazer gols, seria gol na certa. Mas Borges executa uma cobrança péssima. Alto como um tiro de meta, críticas de todo o lado. No final, o Grêmio perderia o título.
Dentro do Exemplo 02, um momento controverso. Na grande final do Gauchão, que reuniu o Grêmio campeão do 1º turno contra o Inter, campeão do segundo, Renato escala Adilson para bater, na série de cobranças alternadas. O Guri de Bom Princípio nunca teve como maior vocação o chute, tendo feito apenas um gol com a camisa do Grêmio. Mas foi para a bola com o apoio da Hinchada Gremista, pois sempre “deixou a alma em campo” pelo Grêmio. Resultado: Adilson bateu, a bola chegou à meia-altura, da forma mais fácil para que o goleiro faça a defesa. Renan pegou. E, na cobrança seguinte, Zé Roberto deu o título aos colorados.
Exemplo 03: Aí é que vem o momento em que quero instigar seu pensamento, caro leitor deste espaço. Brasil x Paraguai pela Copa América. Todos, isso mesmo, todos os pênaltis brasileiros desperdiçados. Elano, destaque do time do Santos na Libertadores. Thiago Silva, o substituto do grande zagueiro Paolo Maldini no Milan. André Santos, homem de confiança de Mano Menezes desde a passagem vitoriosa pelo Corinthians. E Fred, centroavante do Fluminense, homem cuja profissão é: “fazedor de gols”, assim como Borges. Ah, o argentino Tévez também passou por isso, no jogo de sábado contra o Uruguai.
Concluindo minha teoria... Não se pode avaliar a cobrança de um jogador pela sua posição, pelo seu status com a torcida, ou com o técnico. O melhor a se fazer, é analisar seu histórico em conjunto com seu momento no jogo. Ele pode ser “o cara” e perder o pênalti, como Borges e Fred. Pode ser o “jogador-torcedor”, como Adilson. Ter sorte, como Ramon. Ou competência, como Elano, Thiago Silva e André Santos. Não é nenhum desses fatores que vai fazer com que ele converta automaticamente sua cobrança. Até porque, se fosse simples, não teria o goleiro, ou daria-se gol diretamente.

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sexta-feira, 15 de julho de 2011

Queremos justiça!

Não vejo explicações do porquê, mais uma vez, fomos prejudicados pelo STJD, com a punição à Douglas por 4 jogos! Conforme consta, STJD é o Superior Tribunal de Justiça Desportiva. Justiça, de acordo com os dicionários, é a Virtude que consiste em dar ou deixar a cada um o que por direito lhe pertence. Sendo assim, não me conformo com o tratamento dado ao Grêmio em comparação com os de outros clubes brasileiros, sobretudo os paulistas e cariocas. 
Com efeito, é valido ressaltar um exemplo que me revolta e com certeza, a maioria dos Gremistas se indispõem. O jogador Kléber do Palmeiras, inúmeras vezes agrediu atletas, reclamou com árbitros e a punição foi insignificante ou o atleta foi absolvido. No entanto, o juiz Cláudio Mercante, relatou na súmula que o jogador Gremista reclamou de forma severa e a retalhação foi de 4 jogos, com 3 ainda para cumprir. 
Novamente, recorro ao significado de justiça mencionado anteriormente como sendo o que por direito lhe ou nos pertence. Portanto, é inadmissível que tenhamos diferentes regras e direitos do que certos clubes. Resta agora para nós, TORCEDORES GREMISTAS, que justiça seja feita e que a punição ao nosso jogador seja revista e minimizada. 
                                                                                                                 Por @Jandrey_jgo 

Até Onde Vai o Direito de Cada Jogador?


Nosso noticiário tem destacado a declaração polêmica do Marquinhos, dizendo que ele e Douglas devem jogar juntos na meia cancha do nosso Tricolor. A resposta da Direção foi: “Jogador joga e treinador treina”. Eis que surge a pergunta-título deste post: até onde vai a liberdade de expressão de cada jogador?
Existem muitos casos de jogadores que, ao longo do tempo, acabam tendo poder de opinião dentro do vestiário. No São Paulo, por exemplo, independente de quem seja o treinador, Rogério Ceni tem “poder de veto” em quase todas as decisões do time. Quando nosso rival ribeirinho nasceu para o futebol, com seu time de 2006, Fernandão, Iarley e Clemer compuseram o “Triunvirato Colorado”. Porém, em ambos os casos, os jogadores citados tinham tempo longo de casa e títulos.
Voltando pro nosso caso. Marquinhos acabou de chegar. Ainda está se entrosando com o grupo, precisa de tempo pra pensar em “botar ordem no galinheiro”. Mas, não esqueçamos, essa função é do Julinho. Não é dele, nem de jogador nenhum. Reivindicar titularidade? Querer mostrar serviço? Tudo bem. Faça isso jogando, aproveitando as chances que receber. Assim como faz Mário Fernandes, por exemplo. Mário Doril sempre deixou claro que quer ser zagueiro, que essa é sua posição preferencial. Mas em algum momento você ouviu alguma reclamação por parte dele? Não. Pelo contrário, ele sempre agradeceu por ter uma oportunidade como lateral, pois, pelo menos, estava jogando.
Marquinhos, bruxismo é uma prática que não é cultuada por nossa torcida. Mas voltar-se contra o treinador tão cedo assim também não é muito boa coisa. Jogador rebelde não costuma cair nas graças da torcida. Pelo menos, mostre serviço primeiro. Assim fica mais fácil saber se vale a pena defendê-lo numa discussão dessas. E Julinho, não deixe que vaidades tomem conta do vestiário. Ter opiniões pra lhe ajudar é uma coisa, ter gente “metendo o bedelho” no teu trabalho, é outra.

                                                                                                    Por @MaUrInHoDuTrA


quinta-feira, 14 de julho de 2011

A Arte do Cabeceio e a Alegria que Vem do Alto

Uma bola vinda da linha de fundo, uma falta no bico da área, um escanteio, quem sabe. Ele sobe, mais alto que todos, e faz a alegria da galera. Quem? O centroavante. Essa figura que tem a missão de destrancar o cadeado pra que soltemos o grito de gol preso na garganta, popularmente conhecido como “o matador”, o “terror da grande área”.
Hoje em dia, o futebol cresceu muito no assunto força física. E a marcação, por esse motivo, fica cada vez mais forte, dificultando as jogadas pelo chão. Dificuldade de criação de jogada significa dificuldade de marcar gol. A não ser que uma brecha do zagueiro, ou um frango do goleiro façam o serviço sujo.
Ficamos acostumados a ver muitos gols de falta, criados por jogadores habilidosos e batida por poucos detentores desse talento. Gols de fora da área, graças a chutes potentes, etc. Mas não adianta, a maior fonte de gols do futebol de nosso cotidiano é a bola aérea. E aí, acabamos voltando ao início do texto.
Mobiliza-se um “esquadrão de apoio”, composto por laterais, meias e atacantes, para o abastecimento de bolas ao cara que fica, muitas vezes, solitário entre os zagueiros adversários. Ele se posiciona, chama a atenção, foge dos zagueiros, tudo pra poder receber uma só bola em condições de confirmar sua “função na carteira de trabalho”: marcar gols. O camisa nove, normalmente, é um cara sem tanta técnica, alto, desengonçado em alguns tipos, como nosso lendário artilheiro Jardel, um dos melhores do assunto, ao lado do alemão Klinsmann, Leivinha, entre outros.
Assisti Grêmio x Coritiba no domingo, e, ao ver o gol de Gilberto Silva (que não é centroavante), um TIRO, diga-se de passagem, pensei nesse fato como motivação pra esse texto: não se faz centroavante cabeceador no futebol brasileiro. Prova disso é que gols de cabeça, atualmente, são marcados por zagueiros, como Lúcio (Internazionale), Réver (hoje no Galo, ex- Grêmio), Índio (Inter), só pra ficar na nossa aldeia. Nem mesmo Ronaldo e Romário, grandes matadores, eram bons cabeceadores. E nas categorias de base, fato que me preocupa em termos de Grêmio, também não se revelam atletas com esse talento.
Fica a dica a você, garoto de boa estatura das categorias de base, ou até mesmo você, profissional que ganha um bom salário no seu clube. Aprimore esse fundamento, treine muito, e exija que seu time tenha bons cruzadores. Afinal, cabeceio é, sim, uma arte. E toda arte deve ser valorizada e aprimorada, pra que não caia no esquecimento.

                                                                                          Por @MaUrInHoDuTrA