segunda-feira, 29 de agosto de 2011

Que o Gre-Nal Arrume Nossa Casa


Gre-Nal é Gre-Nal, Gre-Nal não tem favorito, Gre-Nal arruma ou desarruma a casa. Todas essas frases sempre aparecem em tarde como a que vivemos ontem, aqui no Estádio Olímpico. A expectativa era de vitória fácil por parte dos colorados, e de um jogo altamente apreensivo para nós gremistas. Mas, como diz aquele belo trapo da Geral: “Sirvam Nossas Façanhas de Modelo a Toda Terra”.
Dia de tempo murrinha, movimento bom, mas, para um Gre-Nal, foi relativamente fraco. A pedida era de, quem viesse, viesse apenas para apoiar o time dentro de campo. O clima já estava feio demais para vaias. Quem veio, apoiou muito e cantou o tempo todo. E os jogadores compensaram com muita garra, vontade e aplicação tática para o esquema de Celso Roth.
Victor voltou a sofrer gol, de Índio, pra variar. Mas voltou a ser Victor. A defesa esteve em tarde de alto grau de inspiração. Mário Fernandes, como sempre, foi um monstro. Vilson e Saimon trataram de colocar a dúvida da tarde: onde estaria Damião, que não jogou ontem? E Júlio Cesar se mostrou um grande lateral-esquerdo. Fernando estava em seus dias de Fernando da Seleção. Rochemback, que não é a Estrela, mas entende de carrinho como poucos, jogou muito. E nosso trio de armação: Douglas, Marquinhos, o artilheiro de Roth, e, especialmente, Escudero tiveram uma grande atuação. E lá na frente, André Lima não fez gol, mas teve boa participação no seu papel de pivô.
A semana de treinos fechados deu resultado, vencemos o clássico. Mas agora, não adianta ficar comemorando. Nossa vida ainda segue complicada. Enfrentaremos um líder que vem de derrota para o rival e esperamos que a vitória de ontem seja o pontapé inicial de um novo campeonato para o Grêmio. Seria utópico imaginar um returno igual ao returno que fizemos no ano passado sob o comando de Renato. Mas temos que trabalhar muito para que o Gre-Nal realmente arrume nossa casa e possamos fazer uma campanha mais honrosa.
Para nós, torcedores, sim. Hoje vale a flauta, vale a corneta, vale ser puxado pelo amigo na “carroça”. Mas amanhã a vida segue e precisamos seguir fortes nessa toada: apoio, apoio e mais apoio. Vamos trabalhar forte, todos juntos, atletas, comissão técnica, direção e torcida. Um Grêmio mais unido tem tudo para ter melhor sorte daqui pra frente. Só tem que jogar com alma e coração.
De resto, fica o agradecimento ao “professor” Celso Roth pelo trabalho de ontem, aos nossos jogadores, que lutaram com garra e “cara de Grêmio”, a direção, e, especialmente, a você, que assim como eu, encarou o tempo ruim e o clima desfavorável e veio pro Monumental batalhar pelo Grêmio. Parabéns a todos nós! E Sirvam Nossas Façanhas de Modelo a Toda Terra.
Força e Raça, meu Grêmio!
Por @maurinhodutra
Foto Grêmio.net

segunda-feira, 22 de agosto de 2011

E Agora, Tchê?

A expectativa era de, numa semana de viagem com duas rodadas fora de casa, trazer quatro ou seis pontos. Eram adversários que, em casa, são fortes, mas dava pra acreditar nisso. A má fase atual nos fazia acreditar que não, mas a tradição do Tricolor e nossa paixão como torcedores nos fazia insistir que sim. Na quarta-feira, um resultado catastrófico: 3x0 para o Ceará e uma atuação quase horrenda.
Mudanças no time foram feitas, muito treino, muita conversa. Tudo para que a rodada do fim de semana nos trouxesse melhor sorte. Até mesmo uma dupla de ataque nova entrou em campo diante do Atlético-GO. Funcionou? Infelizmente, não...
Jogamos a maior parte da primeira etapa com o domínio da bola. Tentamos por cima, por baixo, de perto, de longe. Douglas teve boa atuação e tentava a criação de jogadas. Mas nós não somos o pior ataque do campeonato por acaso. A falta de pontaria nos fez ter uma, apenas uma, chance clara de gol.
A segunda etapa foi mais complicada, o Atlético cresceu, teve uma melhora significativa. E o Grêmio? Sentiu, como sempre. Até conseguimos exercer alguma pressão no decorrer da partida, com as entradas de Lúcio e André Lima. Mas quando a coisa tá feia, meu amigo, pode ter certeza: ela vai piorar.
Reta final da partida, estávamos ficando contentes com o empate. Apesar de que, pelas circunstâncias do jogo, um pontinho seria resultado ruim. Nós poderíamos ter vencido o jogo, por 2x0 ou mais até. Sem exagero, pelo primeiro tempo que o Grêmio apresentou. Mas como eu sempre digo, quando a situação tá ruim ela vai ficar pior. Rafael Marques foi expulso, uma falta escrota no meio do campo. Águas passadas, o Atlético veio pra cima, cresceu e, num contra-ataque, veio o pior. Atlético-GO 1x0 Grêmio e, numa viagem em que poderíamos trazer quatro pontos, nós não trouxemos nenhum.
Agora, é semana Gre-Nal. Semana tensa, de ânimos exaltados, em que viemos de mais uma derrota enquanto o co-irmão vem festejado por uma boa atuação contra o Flamengo e o golaço de Damião. A realidade é dura, triste, e aponta para uma derrota no clássico. Mas eu prefiro, e sempre vai ser assim, acreditar que nós vamos sair dessa e o Gre-Nal tem tudo pra ser o marco da arrancada no Dilmão 2011.
Vamos trabalhar forte, concentrar esforços e impor um clima de mobilização total. É preciso a união e dedicação de todos. É preciso lotar o Olímpico de apoio e confiança, por maior que seja sua mágoa com a direção, com algum jogador ou com quem quer que seja. O Grêmio é maior que tudo isso e precisa de você.
Força e Raça, meu Grêmio!
Por @MaurinhoDutra

quinta-feira, 18 de agosto de 2011

O Retrato da Falta de Confiança

Ontem era jogo para vencer, retomar a confiança e começar a arrancada. O Ceará não é nenhuma primazia de time, mas se torna forte dentro do Presidente Vargas. Mas mesmo assim, era um jogo em que podíamos vencer.
Mas nosso Grêmio está com um sério problema: falta de confiança. E isso é imprescindível pra que um trabalho dê certo. Sem confiança, nada se consegue. E, se você somar falta de confiança a insegurança, o desastre é quase total. E, acredite se quiser, isso está acontecendo faz tempo com nosso Imortal Tricolor.
E ainda, como se já não fosse o bastante, nem a sorte está ao nosso lado. Eusébio, do Ceará, acerta um petardo no ângulo do Victor. Tá certo, no auge, o Victor até pegaria aquela bola. Mas foi uma bola indefensável, na gaveta. Jogadores que tiveram boas fases, como William Magrão, desaprenderam de jogar futebol. Caso semelhante aos de Douglas e Lúcio. Nosso camisa 10, que ontem teve uma boa atuação, não consegue fazer o meio-campo andar e ainda, assim como o time todo, está sentindo saudade de Jonas. E olha que já estamos em agosto, seis meses sem o goleador...
É preciso repensar algumas coisas no time do Grêmio. É momento de, mais do que nunca, recuperar Gabriel para que Mário Fernandes possa voltar à zaga. Sacar Rafael Marques do time, pois não passa de um bom reserva. Realocar o meio-campo, com Gilberto Silva e a volta do Capitão de Soledade Fábio Rochemback, que quando sai do time é um “Deus nos acuda”, pois tamanha é a sua importância, e, por que não, testar Marquinhos ao lado de Douglas. Apesar de achar que não pode não dar certo, é uma experiência que pode calar minha boca e funcionar. E ainda, mudar a dupla de ataque, dando a Miralles a merecida titularidade, colocando o recém-chegado Brandão ao seu lado. Um descanso para André Lima e Leandro fará bem para ambos e para o time todo.
Domingo, em Goiânia, teremos o Atlético-GO pela frente. É véspera de Gre-Nal, e como diz o folclore gaúcho, véspera de clássico te motiva, ou te derruba de vez. Vamos trabalhar forte, buscar a retomada da confiança e buscar os três pontos. Fazer terra arrasada, dizer que nada presta e jogar a toalha não vai adiantar nada. O Grêmio precisa de você. Se você não acredita, melhor não atrapalhar. Mas se, assim como eu, você acredita, vem junto!
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @Maurinhodutra

segunda-feira, 15 de agosto de 2011

Emoções do Domingo

Dia forte foi esse domingo para nós gremistas. Cheio de correrias, perspectiva de emoções fortes e, ainda, um pouco de apreensão. Afinal, o dia estava chuvoso, iríamos enfrentar um Fluminense em boa fase, com nosso time em apuros, tendo estreia de Celso Roth, de novo, e, o mais importante, era Dia dos Pais.
Para este blogueiro que vos escreve o domingo de Dia dos Pais teve aquele algo a mais de emoção: além de homenagear meu querido Pai, foi eu o grande homenageado do dia lá em casa. Minha princesinha de quase quatro meses de vida me fez sentir a emoção que meu pai sente a cada ano que ele ganha um abraço.
Mas como gremista, vim pro Olímpico preocupado. Confiante como sempre, mas preocupado em saber como seria a “quarta primeira vez” de Juarez na casamata do Monumental como técnico do nosso Grêmio. A semana sem jogo na quarta serviu pra aprimorar detalhes e imprimir um pouco mais do estilo Roth no time, que jogaria sem o camisa 10 Douglas e teria, mais uma vez, Adilson como lateral-direito. Também ficava a dúvida sobre o aproveitamento ou não do centroavante Brandão durante o jogo.
Começa o jogo e um Fluminense bem armado pelo “morango” Abel Braga pressiona forte o Grêmio, que não se acertava dentro de campo. Marquinhos não vinha bem na sua função principal: substituir Douglas no papel de articulador do time; o Flu chegava forte pela ponta esquerda do ataque, local onde surgiu o gol dos cariocas. O cruzamento vindo da linha de fundo passou por Victor e pegou Fred sozinho, na boca do gol. E aí, meu amigo, centroavante de ofício, como ele, não perdoa: Flu 1x0.
Time perdendo, chuva pegando, vaias aos jogadores, torcedor indo embora. Aliás, se veio pra ir embora aos 20 min, que não venha, né. Mas deixa pra lá, voltemos ao jogo. Se Marquinhos não vinha bem na dele, ele resolveu aparecer como atacante. Uma boa jogada de Lúcio, que esperou um segundo para enfiar uma bola rasteira e deixar nosso camisa 19 na cara do gol. E, como um pingo de sorte é sempre bom, a bola desviou na zaga e matou Diego Cavalieri. Grêmio 1x1 Flu.
Jogo rolando, o Grêmio melhorou um pouco, mas apresentava dificuldades. Nossa defesa pagou os pecados com os avanços de Rafael Sobis e Marquinho. Leandro e Marquinhos não conseguiam espaços e deixaram André Lima quase solitário na frente. Perspectiva de empate? Nenhuma. Até que Leandro sofre falta em jogada individual. E o torcedor pensa: mais um cruzamento furado ou uma bola a ser isolada. Que nada. Acredite se quiser, mas Marquinhos foi pra bola e colocou na gaveta de Diego. Golaço, como não se via desde janeiro naquele longínquo Gre-Nal de Rivera. Grêmio 2x1 e só segurar o segundo tempo.
Seguramos, garantimos a vitória. Celso Roth deu novo ânimo ao time, saímos da zona da degola. Agora, temos uma sequência de 02 jogos fora de casa e um Gre-Nal. Não é loucura nenhuma sonhar com 7 pontos. Vamos seguir trabalhando e torcendo, buscando um futuro melhor.
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Só é Reforço Quem Vem Pra Ser Titular?

 Só é Reforço Quem Vem Pra Ser Titular?
Muito se reclamou das dificuldades para anunciar contratações na gestão curta de Antônio Vicente Martins e seus assessores durante esta temporada. Escudero, Lins, Rodolfo e Carlos Alberto chegaram. Todos eles com grande expectativa da torcida. Escudero não contava com muitas chances, e quando as recebia, não as aproveitava. Rodolfo vinha bem, caiu de produção e lesionou-se. Carlos Alberto e Lins... Bom, melhor deixar pra lá.
Por último, Marquinhos e Miralles desembarcaram no Olímpico. Marquinhos chegou com o estigma de ser mais um atleta que o Grêmio traz do Avaí. E, assim como no ano passado, com Ferdinando, William e Uendel, também não deu certo. Miralles, até agora, tem alternado bons e maus momentos. Entrou bem em alguns jogos, fez gol, mostrou “excesso de vontade” ao ser expulso contra o América-MG.
Analisando estes casos, se faz a pergunta: até que ponto um jogador que é contratado pode, ou merece, ser chamado de reforço? Vejamos o ano passado: Diego Clementino e Júnior Viçosa chegaram como apostas, desacreditados, e fizeram um bom Brasileirão, com gols e boas atuações. Mesmos casos de Paulão e Vilson. Refletindo e comparando hoje, quem você chamaria de reforço e quem você qualificaria como aposta, por exemplo: Paulão ou Rodolfo?
Pois bem, estamos entrando em um novo momento: a volta de Paulo Pelaipe ao comando do Futebol do Grêmio. Homem que erra por tentar, e não por omissão. Em poucos dias, duas contratações. Brandão, o famoso Evaéverson, chegou pra ser o camisa 09 do time. Centroavante de referência, homem de área. Não foi bem no Cruzeiro, mas teve boas fases jogando por Shaktar Donetsk , em 2006, e Olympique, em 2009. E hoje, foi anunciada a contratação do zagueiro Edcarlos. Com passagem pelo Cruzeiro, o jogador de 26 anos foi Campeão do Mundo pelo São Paulo em 2005 e estava no Desportivo Brasil.
A nós, torcedores, cabe apoiar os recém chegados e o esforço do novo comando do Futebol. Esperar o tempo mostrar o que os novos jogadores terão a oferecer, para depois, cada um fazer sua reflexão e dizer se Brandão e Edcarlos foram reforços, ou se foram simplesmente contratações.
Boa sorte, novos jogadores. Nós estaremos com vocês!
Por @maurinhodutra

segunda-feira, 8 de agosto de 2011

Será que o Velho Grêmio Está Voltando?

Será que o Velho Grêmio Está Voltando?
A semana foi conturbada, clima pesado e cheio de incerteza pelas bandas do Olímpico. Jogo terminando em protesto da torcida, com confusão com a Brigada Militar. Todos clamando por mudanças no futebol e na atitude do time, reclamando maior empenho e dedicação por parte de nossos jogadores.
A volta daquele Grêmio guerreiro e peleador se fazia presente. O empate com o Atlético-MG, mais um dentro de casa, provocou mudanças drásticas, culminando com a demissão do técnico Julinho Camargo e do preparador físico Flávio de Oliveira.
A torcida pediu, Julinho caiu. Celso Roth chegou, Paulo Paixão veio na carona. Aliás, seria este um erro de convicção? Afinal, pra quem não lembra, Paulo Paixão terminara 2010 na comissão técnica do Grêmio e havia sido dispensado pela direção. Instaurou-se um clima de dúvida. Celso Roth é um bom treinador, apesar de sua teimosia, sua fama de retranqueiro e seu “prazo de validade”.
Mas, para o que o Imortal Tricolor precisa, Celso Roth é o cara certo. O Grêmio precisa de injeção de ânimo, de força, precisa da volta daquela boa e velha “cara de Grêmio”. Celso Roth é um cara que nunca foi amado pela torcida gremista, mas ele possui uma coisa que ninguém pode esquecer: ele arruma qualquer casa. Verdade que ele consegue “estragar tudo” depois, mas que ele põe a casa em ordem, isso ele faz como poucos.
Tomemos como exemplo o jogo de sábado. Um jogo perigoso, contra um Palmeiras que vem bem no campeonato. Jogando um bom futebol sob os olhos de Felipão, na ponta da tabela e tudo mais. Seria demais pedir a vitória. Fomos pra São Paulo dispostos a não perder. Eis que surge o trabalho de Juarez: dois treinamentos, repletos de “mijadas” e algumas conversas com os jogadores deram resultado. O Grêmio voltou a jogar bem, apresentando uma defesa consistente e um maior equilíbrio entre os setores do time. E, o mais importante, reconhecido até mesmo por Big Phill, voltamos a ser aquele time guerreiro de marcação forte de sempre.
Foi só o primeiro jogo, é verdade. Muito cedo pra ficar satisfeito e entusiasmado. Mas, pra quem vinha preocupado e sofrendo com as últimas atuações, você, torcedor gremista, pode almejar um futuro melhor. Vamos dar tempo ao tempo, deixar o trabalho de Roth ser desenvolvido. Lembre-se, não é de uma hora pra outra que se implanta uma filosofia de trabalho.
Teremos uma semana inteira de trabalho pra recuperar quem estava lesionado, melhorar o que não vinha dando certo e aprimorar o que foi bom no fim de semana. Domingo, dia dos Pais, sejamos bons filhos: vamos estar no Monumental, apoiando o “nosso Velho” pra cima do Fluminense.
Força e Raça, meu Grêmio!

quinta-feira, 4 de agosto de 2011

Vida de M*

Vida de Merda
Não, não estou falando daquele brilhante site humorístico que faz sucesso mostrando “desgraças fictícias”, e algumas reais, na web. Estou falando mesmo é da vida de merda que, atualmente, nós gremistas estamos vivendo.
Ontem, mais uma vez, presenciamos outro filme de terror no Monumental. Noite fria, um clima tenso no estádio, torcida veio “a fim de atucanar a vida”. O jogo começou, senti que alguma coisa ruim aconteceria, mas segui sempre acreditando que sairíamos com a vitória.
Dentro do campo, vi um time guerreiro, motivado. Princípio de volta daquela boa e velha “cara de Grêmio” que eu me acostumei a ver. Mas, apesar da motivação, vi um Grêmio afobado, ansioso e intranquilo no gramado. Resultado: rapidamente, o esquema de três volantes e um único articulador, Escudero, sucumbiu diante do Atlético-MG. A equipe de Dorival Jr. rapidamente ganhou o domínio do meio-campo, Magno Alves e Richarlyson faziam uma bela parceria, alimentando o bom centroavante André.
Julinho Camargo tentou repetir o esquema que deu certo, em parte, contra o Flamengo na partida de ontem. É, tentou. Não deu certo, ficamos sem jogadas, Lúcio ficava quase sempre sozinho na esquerda e, praticamente o jogo inteiro, nossa válvula de escape eram os avanços de Mário “Monstro” Fernandes, que teve uma atuação de luxo ontem. Nosso “lateral-zagueiro-volante” deu um show, com direito a arrancadas empolgantes, dribles e criação de jogadas. Tanto que foi ele quem sofreu o pênalti que originou nosso segundo gol, de Fábio Rochemback, outro de atuação muito boa ontem.
Mas, quando a vida é de merda, não adianta “limpar a cagada”. Abrimos o placar com o garoto Leandro, que voltou a jogar bem. Uma descida rápida de Escudero, um chute forte e seco do garoto. Festa na arquibancada. Porém, como diz o ditado, “alegria de pobre dura pouco”. No lance seguinte, André recebeu uma bola em contra-ataque e rapidamente livrou-se de Rafael Marques e encheu o pé. Empate do Galo numa bola inapelável para o goleiro Victor.
O time do Grêmio continuou pressionando, de forma afoita, às vezes. Eis que “água mole em pedra dura, tanto bate até que fura”. Surge o segundo gol do Grêmio, que eu havia referido algumas linhas atrás. Mais uma das descidas rápidas de Mário Fernandes, triangulação com Rochemback e, rapidamente, nosso camisa 13 estava na pequena área pronto pra finalização. O Capitão bateu forte, seco, com a mesma calma e categoria de sempre. Pronto, agora é concentrar, segurar o Atlético e manter a vitória.
Desgraça pouca é bobagem, não é mesmo? O Grêmio faz o gol e toma contra-ataque, igualzinho ao lance do empate. Neto Berola, de boa atuação pelo Galo, invade a área, leva a marcação, passa por Victor e bate. Ufa, Lúcio salvou e mandou pra escanteio. Vibração no campo e na arquibancada.
Escanteio pro Atlético-MG. Nossa defesa, que já não é mais confiável como em tempos atrás, vacila. Leonardo silva subiu, na linha da pequena área. Um TIJOLO, daqueles que eu me acostumei a ver o Réver, que, aliás, quer voltar pra casa, acertar nos seus tempos de Grêmio. A bola passa pelo Victor, morre na rede e mata a esperança da nação Gremista. Todos crucificando nosso goleiro, alegando que ele falhou. Digo, não só pra defender Victor: Ele não falhou. Não há goleiro que aguente uma zaga que deixa o adversário subir sozinho da forma que Leonardo Silva subiu. Eu fui goleiro, sei como funciona.
A vida segue, o cenário é triste e aponta para a volta de Celso Roth. Pasmem, seria a QUINTA passagem dele pela casamata gremista. A direção segue “fritando” treinadores. Foi assim com Renato, Julinho também está pagando por isso. Mas temos que acreditar e seguir firme. Nós somos a alma do Grêmio. O Grêmio precisa de nosso apoio e nossa força. Força e Raça, meu Grêmio!