segunda-feira, 31 de outubro de 2011

Pra Lavar a Alma e Fechar a Ferida

O domingo mais esperado do ano para a Nação Tricolor finalmente chegou. E com ares de decisão e tensão por parte de todos. Chamou a atenção até mesmo de São Pedro, que nos propiciou um lindo dia, de sol brilhante, para que o Monumental pudesse estar lotado para receber “de braços abertos” o visitante ilustre e indigesto.
Depois de o sistema de som do Monumental anunciar o nome de Ronaldinho e o time carioca entrarem em campo, se ouviu simplesmente A MAIOR VAIA DA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL pra cima do Traíra. Foi tão estridente que “abafou” os Hinos Nacional e Rio-Grandense, sem contar que deixou Ronaldinho atônito e transtornado. Mas, vamos ao jogo, que é o que interessa:
O Flamengo veio a campo disposto a jogar por Ronaldinho, e o Grêmio, por sua honra. Rolou a bola e nos primeiros instantes, adivinhe: falta para o Fla, de onde R10 gosta. Apreensão no Monumental, Ronaldinho vai para a bola. Um filme de terror acaba na defesa espetacular de Victor, que faz a bola tocar a trave para evitar o gol.
O Grêmio saia para o ataque, mas exercia um “falso domínio”. Sim, pois chegava sem bater a gol. Tanto que as melhores chances foram de Douglas e Julio Cesar, em chutes de fora da área, em duas boas defesas de Felipe. Mas quem não faz, toma. E no caso do Grêmio, tomou duas vezes: na primeira, um escorregão de Rafael Marques, depois da deixadinha de Thiago Neves, deixou Deivid na cara de Victor. E no segundo, o próprio Thiago, contando com o desvio em Fernando, ampliou a vantagem do Flamengo.
O Grêmio parecia sentir o golpe, demonstrado no excesso de vigor de Saimon, que levou cartão amarelo por chegar forte em Ronaldinho. Fato que a torcida comemorou muito, é verdade. Mas teve força para terminar o primeiro tempo diminuindo a diferença. Depois de tanto insistir em chegar tocando a bola, André Lima recebeu do peito de Mário Fernandes e girou para botar na rede. Vibração no Olímpico e 1x2 no placar.
André Lima agradecendo pelo 2° gol gremista
Sequência de vaias, intervalo, bate-papo de Celso Roth e o Grêmio volta disposto a “acabar com a palhaçada”. Saimon não voltou, deu lugar a Adilson para fechar os espaços e anular a criação do Flamengo. Quem se esqueceu de fechar o espaço foi Renato Abreu. Ele tomou uma “caneta” de André Lima que acabou em um lindo chute, colocado no canto de Felipe. 2x2 no placar e o inferno de Ronaldinho ganhava mais intensidade. Tanta intensidade que fez o “MercenáR10” sumir do jogo e sucumbir diante do paredão Gilberto Silva.
Para completar, Ronaldinho achou que a torcida e o Grêmio não teriam forças. Mas ele se esquece de que juntos, somos quase imbatíveis. Ainda mais quando se conta com o talento de um camisa 10 de verdade, digno de nossos aplausos e nosso respeito, Douglas. Ele passou o jogo inteiro procurando o gol, foi nosso maior destaque. E foi premiado pelo esforço, com um golaço. Vindo da direita, um lindo drible sobre Júnior César, um chute cruzado no canto de Felipe. Pronto, Ronaldinho. Veja o Olímpico vir com tudo pra cima de você. Grêmio 3x2.
E para completar a festa, Miralles. O argentino, queridinho da torcida na rixa com Celso Roth, marcou um golaço para o Professor ver. Como se dissesse: “Professor, é assim que você quer”?
Depois de receber de Adilson, ele saiu da marcação e bateu com o lado interno do pé, no ângulo de Felipe. O Olímpico explodiu em festa com os 4x2 do Grêmio. Ronaldinho, a esta altura, já não interessava mais. Pois era tudo festa. Ou melhor, interessava. Mas só para dizer: Ronaldo Moreira, você vai pagar pelo resto da vida o preço por ser ingrato para com este clube e esta torcida. Foi um prazer imenso pisar em cima de você com a goleada de ontem e com, repito, A MAIOR VAIA DA HISTÓRIA DO FUTEBOL MUNDIAL.
Força e raça, meu Grêmio.

Por @Maurinhodutra
Fotos @medeiros_carlos

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Aos “Porra-Locas” de Plantão

Aos “Porra-Locas” de Plantão,
Todos nós esperamos ansiosamente desde janeiro por este reencontro que acontecerá no Estádio Olímpico na tarde do próximo domingo. Será o dia em que estarão frente a frente Ronaldinho e a torcida gremista. O dia em que todas as mágoas serão postas pra fora depois das traições dos Irmãos Assis Moreira.
Houve aquela polêmica toda, depois de uma cansativa novela. Ronaldinho é especulado, direção confirma, inicia negociação, a torcida abraça a causa e decide até mesmo um possível perdão depois da traição de 2001, quando o então menino Ronaldo deixou o Grêmio. Mas o desenrolar todo mundo sabe, até mesmo as caixas de som que foram instaladas no gramado e removidas vergonhosamente logo em seguida. E isso fez o sentimento de perdão cair por terra e se transformar em uma das maiores demonstrações de repulsa que o mundo já presenciou.
Desde quando Ronaldinho foi apresentado no Flamengo e divulgaram a tabela de jogos do Brasileirão se contavam os dias até que este dia 30 de outubro chegasse. Pois é, torcedor, a hora está chegando. Ronaldinho vem aí. E a recepção será calorosa, com certeza. Repleta de homenagens por parte da torcida que um dia o idolatrou e hoje o odeia. Vem aí, a “Malhação de Judas” da torcida tricolor.
Vale cartaz, vale hino irônico, vale a brilhante ideia dos amigos do Blog Grêmio Libertador, de trazer a faixa | $ PILANTRA $ |, que você pode adquirir por 5 pilas, e vale também o que você quiser inventar.
Mas, lembre-se de uma coisa: SEM VIOLÊNCIA!
Este jogo será muito perigoso. Dentro de campo, não valerá praticamente nada para o Grêmio, é verdade. Mas o clima de guerra criado pela presença de Ronaldinho receberá olhos do Brasil inteiro, principalmente dos nossos “muy amigos” integrantes do STJD. Então, fica o pedido a você, amigo gremista: Venha fazer sua homenagem, descontar sua raiva do Dentuço Pilantra, mas não atire objetos ao campo, não tente invadir o gramado, por maior que seja a sua vontade de “desmontar a pau” essa criatura, e não faça tumultos na chegada da delegação carioca a Porto Alegre e ao Monumental. Isso pode nos custar muito caro. Resultando, quem sabe, em seu afastamento dos jogos e punindo o Grêmio com a perda de muitos mandos de campo, ficando longe do Olímpico e do alento da torcida. Nós não queremos que nenhuma dessas coisas aconteça, mas se você pensa em algum tipo de “furdunço”, como diria o Nêgo Véio do Alegrete:
Por favor: FIQUE EM CASA.
Não se esqueça, é o Grêmio que vai estar em campo. Ele é maior do que qualquer jogador, independente da história do jogador em questão, e precisa do teu grito de apoio. Venha ao Olímpico, participe do momento. Mas venha com um intuito principal: cantar pelo Grêmio e empurrá-lo para a vitória. Vamos dar a maior lição de como amar e respeitar um clube que o futebol já viu.
Força e Raça, meu Grêmio.
Po @maurinhodutra

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Pontos Jogados Fora Sempre Fazem Falta


Em 2008 o Grêmio líder do campeonato, perto do título. Um empate com o Figueirense aqui no Olímpico praticamente limou nossas chances de título. Em 2009, naquele fatídico jogo do “Entrega, Grêmio”, o Inter chegou na última rodada clamando por uma vitória nossa contra o Flamengo por desperdiçar pontos importantes em casa. São exemplos de como se jogar uma campanha fora. E, mais uma vez, o Grêmio vacilou.
Só pro América-MG, foram quatro. Sim, some ao empate de ontem o empate em 1x1 no Olímpico, considerando que você poderia ter vencido com facilidade, e está tudo ferrado. O lanterna do campeonato, time frágil tecnicamente, ajudou a debilitar nossa campanha no Brasileirão.
No jogo deste sábado, o gramado molhado por causa da chuva que atingiu Sete Lagoas deixou o jogo mais difícil para o trabalho das jogadas, mas o Grêmio dominava as ações da primeira etapa e dava aulas de como perder gols. Até que em uma cobrança de falta, o lateral Thiago Carleto dispara um chute forte. A bola ganhou velocidade, raspando na grama molhada, e atrapalhou Victor. Resultado? América 1x0.
Os mineiros conseguiram reverter o domínio da partida a partir do gol, mas aos 30 minutos perderam um jogador por expulsão. Aproveitando a vantagem, o Grêmio voltou a pressionar e logo chegou ao gol. 2 minutos depois, André Lima empata, depois de finalizar com força. 1x1 no placar e expectativa de crescimento do Tricolor na partida.
Segundo tempo, o Grêmio começa pressionando e chega ao segundo gol logo cedo. Descendo pela lateral-esquerda, Julio Cesar cruza e pega André Lima livre na área, ele sai da marcação e bate forte. Grêmio vira o jogo, 2x1.
Mas o aproveitamento da vantagem de um jogador a mais durou pouco. O América passou a igualar o domínio do jogo e pressionava nas faltas e chutes de longa distância. A saída de Douglas, com dores nas pernas, prejudicou ainda mais o Grêmio na partida. Sem contar que Roth facilitou ainda mais a vida do América retrancando o time e trazendo os mineiros pra dentro de seu campo. Até que na falha de marcação da bola aérea, mesmo com um homem a mais, o América empatou o jogo em 2x2. Entregamos o resultado, perdemos pontos importantes, ficamos definitivamente sem chances de G-5 (que, mesmo acreditando, seria utopia), e acabamos mais uma temporada sem grandes conquistas.
E agora, chegou a semana que todos esperavam desde janeiro. O reencontro entre Ronaldinho Gaúcho e a torcida do Grêmio. Mas cuidado, gremista. O jogo é perigoso, pois o Flamengo não se resume apenas a Ronaldinho, há muitas peças perigosas. Sem contar o clima tenso que pode nos prejudicar no STJD. Portanto, não faça besteiras. Vale vaiar, tirar sarro, mas sem violência. Mas não esqueça o principal: é o Grêmio em campo, ele sempre será maior que tudo e precisa de seu apoio.
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Grêmio 2011: Mais Sorte do que Juízo

Depois da boa sequência de três vitórias seguidas, o Grêmio vinha de uma sequência muito ruim de duas derrotas para Coritiba no Couto Pereira e para o Figueirense, em uma péssima atuação, dentro do Olímpico. Cenário tenso, não? Mais complicado ainda se você pensar que o próximo adversário era o Santos, na Vila Belmiro, onde nós NUNCA vencemos pelo Brasileirão, e nossa última vitória foi em 1999, com gol de Itaqui.
Mas, vamos lá... Bola rolando e o Grêmio conseguia ser melhor que o time desfalcado do Santos. Neymar, Ganso, Léo e Elano estavam fora. Mas era preciso tomar cuidado com Borges. E, assim como no jogo do Olímpico, ele não se criou pra cima do Grêmio.
Quem estava muito bem era o trio de criação do Grêmio. Douglas, Marquinhos e Escudero fizeram um grande jogo, com uma boa marcação que não deixava o Santos pensar e forçava o balão. E, ofensivamente, criavam bastante e levavam perigo pra cima da zaga santista. André Lima também conseguia render bem, e estava em tarde melhor do que as últimas atuações.
Chegando forte como sempre, Julio Cesar e Mário Fernandes fizeram mais uma boa atuação, assim como Fernando. É impressionante a regularidade e a qualidade do futebol do nosso moleque da Seleção Sub-20. Faz uma dupla muito boa ao lado do Capitão Fábio Rochemback, que também esteve muito bem.
Mas o grande destaque da tarde foi ele: Escudero. O gringo, destacado sempre pela sua timidez, encontrou a alegria e a confiança desde a chegada de Celso Roth. Cresceu, seu futebol aparece cada vez mais e, de quebra, Escudero vem também se destacando por fazer gols. Foi ele quem marcou o de hoje. Depois de uma de suas arrancadas rápidas, uma meia-lua pra cima de Edu Dracena o colocou dentro da área. Rafael fez a defesa e o Grêmio ficou com a sobra, que acabou em André Lima. Drible pra cima do goleiro Rafael, depois da falha na dividida com o maestro Douglas. Pênalti para o Grêmio, Douglas foi para a bola. E aí, aparece o oportunismo de Escudero. Rafael fez a defesa, mas deu o azar de o rebote ter ido para dentro da área. Nosso camisa 24 pegou de canhota e mandou pra rede: Grêmio 1x0.
No segundo tempo, o Grêmio também teve mais domínio. O Santos teve apenas duas chances, um cabeceio de Borges em que Victor fez mais um de seus milagres, e na outra, Henrique bateu mal depois de Victor soltar uma bola em que ele esbarrou na zaga. E o Grêmio também teve duas chances, mais uma com Escudero, driblando a zaga e batendo, e na segunda, a mais forte. Douglas cruzou da direita, na cabeça de André Lima. Era só fazer. E ele não fez. O testaço para o chão parou nas mãos de Rafael. Mas, ainda bem, não fez falta. Vencemos e quebramos o tabu histórico.
Temos pela frente uma semana para trabalhar, aparar as arestas do caso Miralles, que deve ser bem esclarecido, e buscar uma vitória contra o rebaixado América-MG em Sete Lagoas. É jogo fora de casa, mas não é só porque é contra o lanterna que vai ser fácil. É preciso jogar com força, garra e seriedade para trazer os três pontos e esperar o Flamengo no dia 30. Não temos chances de muita coisa, mas um fim de ano mais digno vale a pena...
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

É Brabo Isso Daí, Tchê...

Dia das Crianças, à tarde, jogo para reunir a família gremista. Sim, havia promoção em que Mamães e Crianças não pagavam o ingresso para assistir a mais uma vitória do Grêmio, que estava voltando a ser temido e imbatível jogando dentro do Monumental. Mas tinha o Figueirense no meio do caminho, e eles sempre nos complicam, tanto em Florianópolis quanto aqui.
O jogo em si foi uma tragédia só. Nossa zaga estava sofrível, Edcarlos e Rafael Marques estavam em um dia de falhas e cada descida dos catarinenses era um filme de terror. E nossos laterais, sempre as melhores fontes de jogadas do nosso time, tiveram trabalho para superar a forte marcação adversária. Resultado disso? Apenas duas chances gremistas de gol, e assim mesmo, de fora da área em bolas na trave. E pra piorar, o Figueirense havia aberto o placar com Aloísio, e feito o segundo com Elias.
Segundo tempo, Roth traz para o campo Miralles e Gilberto Silva. O primeiro entrou no lugar de Escudero, que fez um primeiro tempo abaixo da média. E o segundo entrou na zaga, amparado pela sua boa atuação na derrota para o Coritiba. O problema, Roth, foi que você tirou o zagueiro errado. Era Edcarlos quem estava em pior tarde, não Rafael Marques.
O Grêmio não se encontrava em campo e não acertava uma boa jogada sequer. Roth apelou para Clementino, no lugar de Marquinhos. “Estamos com mais atacantes, vamos buscar!” Que nada, o Grêmio não tem atacantes de qualidade. Miralles, André Lima, Clementino, e até mesmo Brandão, que está lesionado e não jogou ontem, não seriam soluções. Até conseguimos chegar ao gol, com um zagueiro. Na pressão, Douglas cruzou no segundo poste e Edcarlos testou firme para diminuir. Grêmio 1x2.
A partir daí, O Grêmio, que já estava atônito e afobado, atirou-se ao ataque de forma mais bagunçada que recreio de jardim da infância para tentar o empate. Eis que Wellington Nem arranca em velocidade, pega a zaga gremista aberta. Vem terror por aí. Ele desconcerta Gilberto Silva, dribla o goleiro Victor e faz um golaço. 3x1 para o Figueirense, ao natural, dentro do Olímpico, para decepção de nossas criancinhas...
Agora, temos uma sequência complicada. Santos, na Vila Belmiro, onde uma vitória nossa ultimamente é sinônimo de aberração da natureza. E em seguida, o América-MG, praticamente rebaixado, para depois o encontro com o traíra do Flamengo, no dia 30.
Não podemos nos iludir. Mais uma vez, jogamos fora uma oportunidade de crescer no campeonato. O que devemos fazer daqui pra frente é concentrar as forças para acabarmos o ano onde estamos. Sim, pois subir é difícil, e cair é uma tragédia. Vamos fazer um trabalho pelo menos decente e planejar 2012. É preciso melhorar o elenco, trazer um parceiro de zaga para o garoto Saimon, uma, ou duas, peças eficientes para o ataque e, quem sabe, um meio-campista. O Olímpico merece uma despedida à sua altura, e nossas crianças merecem ver o Grêmio campeão que nós marmanjos estávamos acostumados a ver.
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra
Fotos @medeiros_carlos

segunda-feira, 10 de outubro de 2011

Não se Empolgue, Torcedor Gremista


Vindo de três vitórias seguidas, de boa atuação contra o atual Campeão da América, jogando para consolidar uma arrancada e entrar de vez na briga por uma das vagas na Copa Libertadores da América. Este era o Grêmio do sábado. Muito bom, não é? Você vai ver que não era bem assim.
O adversário era o Coritiba, no Couto Pereira. E o Grêmio nunca tem muita sorte jogando lá. O Grêmio já não tem um ataque muito confiável, ainda não contaria com as opções Leandro, no Pan de Guadalajara, Miralles e André Lima, ambos machucados. E você ainda esqueceu que Douglas levou o terceiro cartão amarelo na partida contra o Santos e nem viajou, né? E, pra quem reclama dele, há aquela velha máxima: “ruim com Douglas, pior sem Douglas”.
O Grêmio da primeira etapa conseguia equilibrar o jogo, principalmente na sempre forte lateral esquerda, com Julio Cesar, que cruzou rasteiro para Marquinhos bater com perigo. Marquinhos recebeu a missão de fazer o papel de Douglas. Aí, uma ironia: é fácil Douglas olhar para o lado e ver Marquinhos, mas é duro Marquinhos olhar para o lado e ver Clementino. Não vou nem entrar na discussão de haver qualidade ou não, acontece que Clementino é atacante, não meia. É óbvio que teria dificuldades.
Pra ficar melhor ainda, como se tragédia pouca fosse bobagem, o Coritiba consegue um contra-ataque. Léo Gago, uma das coisas boas do Avaí que o Silas não quis trazer pra cá, acerta um belo chute da intermediária. Victor defende, mas, no rebote, Marcos Aurélio aproveita-se do erro de nossa zaga pra abrir o placar.
Eis que Brandão sente a coxa, precisa ser substituído e começa o curso “Escalando Volantes” do professor Celso. Foram seis, se você contar que Gilberto Silva foi zagueiro no jogo e William Magrão entraria no lugar do nervoso Marquinhos. O substituto do nosso centroavante foi Adilson, que seria o quinto meia, e levaria Clementino ao ataque, sua posição de origem. Mas como Clementino não é homem de área, nosso ataque tornou-se mais nulo do que de costume. Na volta para o segundo tempo, corrigindo o erro, Roth chama o menino Yuri, de apenas 16 anos. Fala-se muito bem do menino, mas parece que ele sentiu a pressão e não apareceu no jogo.
A melhor chance do segundo tempo foi com Escudero, numa jogada em que Marquinhos escorou para trás de calcanhar e o argentino bateu forte. Uma chance em cada tempo, muito pouco para quem, mesmo jogando fora de casa, precisava vencer para seguir sonhando com uma colocação mais digna no campeonato e uma praticamente impossível vaga no G-4. Aos 29, na jogada que foi nossa arma por três anos, Tcheco, nosso bom e velho camisa 10, botou um escanteio na cabeça de Jéci. Coritiba 2x0.
Na quarta-feira, temos o Figueirense no Monumental. Precisamos da vitória, pois cada tropeço é perigoso. Como alento, Douglas estará de volta. Miralles e André Lima também serão opções. Inclusive, um dos dois começa. Mas a grande presença da tarde deve ser você. É feriado, dia das Crianças, o horário é bom. Traga seu piá e venha apoiar o Imortal Tricolor.
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra

quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Arrancada Cautelosa Que Vai Dando Resultado

Jogo atrasado, contra um dos concorrentes diretos na tabela, a partida de ontem no Monumental seria a bússola que mostraria qual o rumo gremista no Brasileirão 2011. O Santos veio a Porto Alegre cheio de desfalques, sem Neymar e Ganso, mas com o status de melhor time do futebol brasileiro e atual Campeão da América. E o Grêmio?
O Grêmio começou a partida num ritmo alucinante, criando chances em cima de chances, assim como havia feito no jogo do domingo, contra o Cruzeiro. Em cinco minutos, Brandão já havia perdido três chances claras de abrir o placar. Numa delas, a mais clara, ele pecou pelo excesso de preciosismo, tentando o drible quando o mais prudente seria um toque por cobertura ou um chute seco. Mas a pressão deu resultado. Encurralando o Santos, aos 9 minutos, Marquinhos pegou o rebote de Rafael e colocou por cima, na cabeça de nosso novo titular do ataque. Brandão testou firme e correu para o abraço: Grêmio 1x0.
Aos poucos, o Santos começava a assustar nos contra-ataques e descidas rápidas. Assim como o Grêmio, os paulistas perdiam gols com uma facilidade incrível. Borges, o grande vilão da noite, teve azar no reencontro com os gremistas, e passou praticamente despercebido, não fosse o gol perdido descaradamente. Alan Kardec e Ibson também chegavam com perigo.
Mas o Grêmio estava numa noite muito boa. A dupla de zaga, apesar de oferecer alguns espaços, teve uma boa atuação. Julio Cesar e Mário Fernandes deixavam a defesa santista ensandecida a cada avanço. Marquinhos e Escudero foram, mais uma vez, brilhantes e decisivos, o primeiro com grandes lançamentos e o segundo com arrancadas fulminantes. Tudo com a proteção de Fernando e Fábio Rochemback e aproveitando os espaços criados pela marcação que Douglas recebia. Aliás, nosso maestro vai fazer falta na próxima rodada. Ele levou o terceiro cartão amarelo no segundo tempo.
Ganhamos o jogo que seria nosso divisor de águas no campeonato. Aos poucos, estamos mandando pra longe o risco de rebaixamento. Estamos crescendo e começamos a ser vistos com outros olhos, e o G-4 (G-3, ou G-5, não se sabe) já não está tão distante. Mas é preciso ir com calma, manter sempre os pés no chão. Emplacar três vitórias seguidas não é nada nesse campeonato. É preciso cuidado, qualquer tropeço é perigoso. Sem contar que não adianta chegar num G-4 e na próxima Libertadores, repetir 2011. Eu, sinceramente, prefiro reorganizar a casa, disputar dois títulos (Copa do Brasil e Sulamericana), pra depois sim, chegar com moral e buscar o tão sonhado Tri da América.
O segredo do sucesso é esse: mire o topo, mas sem perder a cautela, Grêmio. Quanto maior a expectativa que for criada, maior pode ser a frustração. Vamos seguir juntos, trabalhando com seriedade e dedicação. No momento, é muito bom e mais prudente terminar o ano numa posição intermediária, mas com confiança, do que num G-4 com tudo desorganizado.
Sábado é o Coritiba, no Couto Pereira. Jogo sempre difícil, ainda mais sem Douglas. É muito mais fácil caminhar com pés no chão do que com salto alto. Não nos esqueçamos disso.
Força e raça, meu Grêmio!
Por  @maurinhodutra
Foto @medeiros_carlos

segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Em Oito Minutos, A Vitória.

O domingo de jogo contra um quase desesperado Cruzeiro se apresentava bom, mas temerário. Os mineiros estão a um pé da zona de rebaixamento, é verdade, mas tem um bom time e a chegada do novo treinador poderia dar ânimo ao time e complicar as coisas. Mas o Grêmio não estava nem aí pra isso, pois precisava muito da vitória.
      E ela veio, construída em oito minutos. Nos quatro primeiros, o Grêmio mostrou que aqui no Olímpico é ele quem manda e começou se impondo. Jogando bem, tocando a bola com autoridade, até que numa bola parada, chegamos ao primeiro gol. Rafael Marques, nosso “perigo nas duas áreas”, apareceu “como bom centroavante” e botou a bola na rede, depois de pegar o rebote do cabeceio de Brandão, titular da noite em decorrência da lesão de André Lima.
A defesa do Grêmio, que receberia atenção com a atuação de Mário Fernandes após o lendário “Não te quero, CBF”, e a dupla Edcarlos e Rafael esteve bem na partida. Nosso camisa 4, desta vez, foi perigo apenas para o adversário, e, com a confiança de Roth, teve uma boa atuação. No meio, Rochemback e Fernando organizavam as coisas para que o trio de armação Douglas – Marquinhos – Escudero pudesse trabalhar com tranquilidade. E no ataque, Brandão tentava ser melhor que André, mas não conseguia tanto sucesso, apesar de jogar um pouco mais do que as últimas atuações do Guerreiro Imortal.
O Cruzeiro, de técnico novo e velho time, não levava perigo. Suas principais jogadas eram as arrancadas perigosas de Montillo, que procurava criar espaços para o lateral Vitor jogar. Mas não adiantou muito, pois nossa defesa só não levou vantagem na bola em que Farías apareceu em impedimento e teve o gol anulado. Os inúmeros desfalques e a pressão por estar na ponta de baixo da tabela também desesperavam os mineiros, que não pareciam ser o sempre perigoso Cruzeiro.
Já no segundo tempo, mais quatro minutos e a vitória começava a consolidar-se. Voltando com a mesma seriedade da primeira etapa, o Grêmio seguia sem deixar o Cruzeiro assustar. Chegou ao gol em uma linda jogada. Antes da linha divisória do gramado, Marquinhos acerta um lançamento longo e alto. Durante a vagem da bola, Escudero se livra da marcação e faz a bola adormecer no seu pé esquerdo. Pronto, ele estava na cara de Fábio, disparando um chute forte e seco para fazer o segundo gol do Grêmio e sair para o abraço em uma vibrante comemoração.
Um bom segundo tempo, sem maiores sustos, exceto um MILAGRE do Victor em uma bola de Montillo, e a vitória foi garantida. Estamos bem, crescendo no campeonato, praticamente afastamos o risco de rebaixamento, e agora precisamos bater o Santos no jogo atrasado que será nesta quarta-feira, às 20:30hs para seguir sonhando com algo melhor. O Grêmio precisa do seu apoio, você vem, né?
Força e Raça, meu Grêmio!
Por @Maurinhodutra
Fotos: @medeiros_carlos