quinta-feira, 29 de novembro de 2012

A Hora do Adeus



Desde janeiro, na abertura da temporada com aquele jogo do Gauchão, se falava em despedida do Olímpico, último ano de convívio com a segunda casa dos gremistas, mudança pra Arena, e tudo mais. Uma realidade que, pra muitos, parecia serena e tranquila. Mas e agora, que tudo tá tão na cara, como fica?
Foto @medeiros_carlos
Foi um ano complicado, de um time que só foi começar a dar confiança pra torcida de verdade no meio do Brasileirão. Sim, isso mesmo. Acreditávamos que na Copa do Brasil tudo daria certo e sairíamos campeões, mas, no fundo, nosso time fraco nos deixava com “os dois pés atrás” e acabamos sucumbindo diante de um Palmeiras tão fraco (naquela época) quanto o nosso. E o Gauchão, bom... O Gauchão, vamos deixar pra lá...
A torcida pegou junto, abraçou, literalmente, o fator emocional do Velho Casarão, mas parece que nem isso foi suficiente. Muitos foram os jogos em que o público foi aquém do que o contexto merecia. Verdade que nem sempre o time ajudava, nem sempre a Diretoria incentivava e o torcedor acabava por preferir o conforto do sofá ou o barzinho com sua cervejinha gelada.
Ao passo que o time começou a embalar e consolidar-se na briga pelo retorno à Copa Libertadores da América e, por um momento, ao título, o público começou a melhorar e ficar naquele patamar que o Monumental acostumou-se a receber e que tanto assustava aos adversários, como o “Pofexô” Luxemburgo cansou de salientar nas entrevistas coletivas.
Chegamos a setembro, fase quente do campeonato e das festividades do aniversário do Clube e da fundação do Olímpico, e o coração começou a bater mais forte com a estreia e a possibilidade de título na Sul-Americana, que seria o último do Templo da Azenha, já que o Fluminense vinha num ritmo inimaginável na liderança do campeonato. Em outubro, passamos pela dificuldade de ver nosso time extenuado fisicamente e um ambiente de guerra política que em nada combinava com o brilho da história da nossa casa.
Enquanto isso, no Humaitá, nossa nova moradia estava progredindo de forma magistral, ficando cada vez mais bonita e povoando sonhos de que “agora vai”, e que tudo será diferente, com a magia da Arena aliada à volta do “Senhor Libertadores” Fábio Koff. Mas e o Olímpico?
O Olímpico, em novembro, voltou a ser a velha arma que amansou temíveis adversários nos anos 80 e 90 e pintaram a América e o Brasil de azul em duas vezes. Foram grandes vitórias, com a torcida, agora sim, pegando junto, com direito a uma grande virada contra o São Paulo e outras importantes vitórias dignas de levar ao êxtase até o mais chato corneteiro da Social.
Pois é, amigos. Chegamos ao final desse ano mágico e a cereja do bolo é? Um Gre-Nal, irmãos. Nossa vítima preferida, em um momento que não poderia ser melhor. Nosso Velho Campo de Batalha vai estar lotado de crianças. Sim, todos nós voltaremos a ser crianças choronas diante do triste momento de dizer adeus ao nosso lar que nos deu algumas tristezas, mas inúmeros e imensuráveis momentos de alegria e, com a boca salgada de lágrimas, diremos:
Muito Obrigado, Olímpico Monumental. Você é eterno em nossos corações!
Força e Raça, Meu Grêmio!
Por @maurinhodutra
Foto @medeiros_carlos

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