segunda-feira, 10 de agosto de 2015

GRENAL: 5 a 0 e um banho de bola! por @gremistaoficial

GRENAL: 5 a 0 e um banho de bola!

Saudações tricolores

Nunca poderia imaginar que estaria escrevendo hoje sobre o GREnal e comentando uma vitória do tricolor por 5 a 0, com uma atuação muito compacta e intensa do time comandada pelo Roger Machado. GRENAL: 5 a 0 e um banho de bola!

Estava na Arena e acompanhei o jogo, tive dificuldades de tuitar lá de dentro, e pude ver taticamente o desenho do time tricolor e fiquei muito feliz com o que eu vi, principalmente no que diz respeito a organização do Grêmio.

O time começa pela segurança do Marcelo Grohe. Em todos momentos que foi exigido ele foi muito bem no GREnal. Galhardo foi exigido no lado direito e Marcelo Oliveira teve uma boa participação, principalmente para quem veio de lesão e estava sem ritmo de jogo. Gostaria de lembrar que Galhardo venceu o duelo com Valdivia e ainda apareceu no ataque quando teve oportunidade.

Meu primeiro destaque vai para o Erazo, ele mostrou uma segurança e simplicidade que um bom zagueiro tem que ter: deu chutão e afastou quando apertado, saiu com tranquilidade e mesmo driblou quando na sua zona de segurança. Honrou seu apelido de El Elegante e formou uma boa dupla com Geromel.

Edinho conseguiu corresponder no lugar de Walace, realmente ele não errou passes, esteve firme na marcação e não deu espaços no meio-campo. Maicon é o meu segundo destaque, no primeiro tempo, principalmente quando o jogo estava mais equilibrado animicamente e tecnicamente, ele foi o motor do time do tricolor, toda saída de bola passava por ele, ele pisava na boa e distribuía o jogo, geralmente depois dele é que a jogada ganhava velocidade e o tricolor passava a levar algum perigo.

Douglas, ele errou pênalti, que poderia ter saído caro, mas seus passes foram muito importantes para o tricolor, ele teve a calma e experiência necessária para conduzir a articulação do meio-campo. Giuliano fez um golaço e teve uma atuação muito qualificada caindo pelo lado, principalmente quando pegava a bola e partia para cima dos colorados. Seu gol é uma pintura para a Arena e vai marcar a nossa lembrança quando a gente pensar nestes 5 a 0.

Pedro Rocha mostrou que é um moleque atrevido. Não fez gol, mas incomodou, foi pra cima e repetiu o que tem feito neste campeonato brasileiro: sendo um bom coadjuvante para o Luan no ataque. Fernandinho entrou para dar velocidade e aproveitar os espaços que o Inter deixaria. Deu certo, o 4 e o 5 a 0 passaram por sua velocidade e dribles. Mostrou que é um grande reforço para o grupo e que podemos sonhar com Libertadores ou título em 2015.

Bobô e Maxi Rodriguez entraram quando o jogo já estava encaminhado e tiveram a oportunidade de manter o nível. Gostei da postura do atacante, que mostrou força e disposição. Pena que não teve a chance de finalizar. As trocas agregaram valor quando o tricolor precisou oxigenar e colocar disposição e vigor em campo no final do jogo.

Luan é o principal destaque, a cereja do bolo, o cara que salva os tricolores no Cartola. Ele driblou, fez gols, deu passes, foi um cara que se diferenciou no GREnal. Nem pareceu o Luan que muitas vezes dorme em campo, aliás neste brasileiro ele tem mostrado o amadurecimento do seu futebol. Sem Luan e Roger Machado não teríamos feito história nesta noite de dia dos pais.

Noite do 9 de agosto, dia dos Pais: foi a noite da Redenção Tricolor: Foi mais que uma vitória, foi mais que flauta, foi um espetáculo, a noite que vimos um Grêmio renascer de suas cinzas, Roger Machado, um grande vencedor, cheio de faixas dos anos 1990 e 2000, deu para este time sua cara. Não foi pensamento mágico, nem motivação, tem sido muito trabalho, disciplina, detalhes. Fazia muito tempo que a gente não via um time tão compacto. O Grêmio funciona boa parte do tempo como se fosse uma engrenagem e cada um soubesse o que deve fazer para alcançar o objetivo no final.

Fazia tempo que não me empolgava com um jogo e com o resultado do tricolor. Não poderia ser diferente, mas em 2015, começamos a ver algo novo, diferente, que nos remete ao passado, mas que é o futuro: um time menos caro, menos badalado e com vontade. Jovens que se destacam, coletividade acima da individualidade e resultados que começam a aparecer. Mesmo que a temporada não nos leve a lugar a algum, já começamos a fazer história. Quero mais, queremos mais, merecemos mais e teremos mais.

A Arena, tenho que registrar, é a nossa casa e começa a carregar a nossa Alma, foram mais de 46 mil torcedores, destes 44 mil tricolores, que cantaram, apoiaram e empurraram o tricolor em todos momentos do jogo. Foi uma festa linda, intensa, apaixonada, como sempre foram as grandes decisões no Olímpico. Hoje a Arena toma de fato seu lugar na história do tricolor como nossa casa, como lugar de verdadeira alma castelhana e tricolor.

Lavamos a alma, eram 18 anos dos 5 a 2, podemos pensar neste período nas outras angustias e títulos que perdemos e ou que vimos nosso adversário histórico conquistar. Em poucos dias fomos do inferno ao céu, estávamos com medo do pior nesta temporada, vimos a Libertadores pela televisão e agora comemoramos a maior goleada do brasileiro, a maior goleada sobre eles desde 1912, vimos um jogo que foram 5 e perdemos um pênalti. Que noite amigos, que noite. Que em 2015 a gente comece a pintar de novo o RS e o Brasil de Azul Preto e Branco.

@gremistaoficial

terça-feira, 5 de maio de 2015

Perdemos o GREnal e o Campeonato Gaúcho. E o resto da temporada?




Prezados amigos gremistas, fiz meu desabafo em outro texto sobre tanto tempo sem títulos e mais esta derrota. Agora vou me deter nestes dois jogos, consequência deste inicio de temporada de 2015.

1) O Inter jogou melhor que a gente no conjunto das duas partidas e mereceu vencer e ser campeão. Além de grupo superior os colorados tiveram muitas surpresas positivas na base: Willian, Géferson e Dourado, entre outros.
2) Ter o melhor goleiro do Brasil foi fundamental para que pudéssemos chegar no final do segundo jogo com alguma esperança de ganhar o título gaúcho.

3) Faltou grupo ao tricolor, que não teve peças para repor a altura, nem mesmo um time titular confiável. A falta de um centroavante com confiança e qualidade inquestionável. Para o restante do ano, precisamos do Cebolla inteiro para o resto da temporada e mais 3 ou 4 reforços.

4) O Inter conseguiu ter uma formação muito veloz no segundo tempo no primeiro jogo e no primeiro tempo do segundo jogo. O tricolor não conseguiu marcar com efetividade, quando se organizou e encaixou a marcação o jogo já estava perdido. Não ter Cebolla, Ramiro e Mamute inteiro fizeram muita falta para ter um time competitivo.

5) Fica uma base interessante de time para o campeonato gaúcho, o que não podemos é desmantelar tudo e começar do zero para o campeonato brasileiro, se acontecer isto, bem, aí a vida fica ainda mais dura pra gente!

Entendendo que temos uma temporada pela frente e temos condições de ter um time competitivo para o Brasileiro e a Copa do Brasil. Neste sentido temos que aproveitar e reforçar as peças necessárias. Temos até a janela do meio de ano para fechar o grupo do Campeonato Brasileiro.

Temos dois goleiros muito bons, um acima da média, outro de grande qualidade para quando Marcelo estiver na seleção. Temos que buscar um lateral direito, ou para grupo, ou titularidade, mesmo de Matias ficar. Na lateral esquerda acredito que Marcelo Oliveira e Júnior cumprem o papel, mas um negócio de ocasião sempre é bem-vindo. Temos 3 bons zagueiros, não sei se isto é suficiente, mas já dá para participar do campeonato brasileiro, contando com a base e a recuperação do Gabriel.

Sem Ramiro e com as participações do Felipe Bastos sobra Walace e Maicon como primeiras opções de volante do tricolor. Ainda tem Araújo como alternativa e o próprio Marcelo Oliveira pode jogar ali. Douglas é uma peça importante pro grupo, mas precisamos de um jogador mais inteiro para jogar ali. Lincoln precisa mais tempo em campo, mas ainda é muito verde, não pode ser atirado na fogueira. Giuliano e Luan são bons jogadores, mas precisam de um atacante que seja matador.

Se Cristian Rodrigues, Cebolla, ficar é um reforço de qualidade, mas que tem que achar uma forma de estar em campo, ele gosta de jogar pelo lado do campo e hoje estas posições serão disputadas da Luan e Giuliano. Braian infelizmente ainda não estão a altura do que esperavamos dele, muito menos do que precisamos. Esta é a contratação mais urgente para o restante da temporada tricolor. Somente com estas contratações e sacudida no grupo é que poderemos voltar a sonhar em pintar o RS e Brasil de Azul, Preto e Branco!



@gremistaoficial
@getuliovargasjr

Perdemos o campeonato Gaúcho, e são 14 anos sem títulos...

Perdemos o campeonato Gaúcho, e são 14 anos sem títulos...


Perdemos o Campeonato Gaúcho domingo para o Internacional, que se sagrou pentacampeão. Desde 2010 não ganhamos um título. Não ganhamos um título Nacional desde 2005, com a série B e desde 2001 não ganhamos a Copa do Brasil. Nem vou falar de Campeonato Brasileiro, pois faz quase 20 anos. A dor fica ainda maior porque este é o período histórico mais vencedor de nosso histórico adversário. E por mais que a gente relativize a importância do Gauchão sempre é pesado não ganhar nem ele mais um ano.

Este quadro é complicado, ainda mais pra uma torcida tão apaixonada como a nossa, que sempre está presente e que sempre apoia. Além da grenalização normal no RS, nestes últimos 15 anos vivemos um processo de grenalização interna, onde disputas de concepções, mesmo de vaidades, tem se colocado acima do clube. Meu sonho, e o de muitos gremistas, é ver o clube unido com todos melhores nomes trabalhando juntos pela vitória de um projeto exclusivamente tricolor.

Não podemos culpar ninguém por nossos subsequentes insucessos dentro e fora das quatro linhas. Ao contrário do que poderia se pensar temos tido boas campanhas em pontos corridos, chegado em fases quentes das Copas, campanhas maravilhosas em fases de grupo de Libertadores, mas boas campanhas são insuficientes para qualquer gremista que está sedento, desesperado, enlouquecido por títulos – afinal nossa história nos reservou ser competitivos, copeiros, vitoriosos.

Atualmente a falta de força do Grêmio na FGF é vergonhosa, numa Federação de dois grandes times, nossos adversários históricos mandam e desmandam. Seja na questão administrativa, seja no comando da arbritragem. Nos balanços de arbitragens eles sempre erram mais a favor deles e contra a gente. Muitos jogos não são definidos, como nesta final pelos erros de arbitragem, mas o medo de ser prejudicado nos condiciona e reclamar mais, o medo de errar, faz os juízes deixarem os jogos ainda mais tensos, truncados. E tem sido assim sempre.

Muitos títulos bateram na trave. Muitas vezes a sorte nos abandonou e vimos apagões inexplicáveis. Quando a sorte nos sorriu com bons sorteios e resultados paralelos, não aproveitamos. Empilhamos gestões incompetentes no futebol e na administração do clube. Sempre faltou ou sobrou alguma coisa que fez diferença. Montamos times caros e nem assim não ganhamos. Apostamos em meninos e faltou algum cascudo. Apostamos na qualidade e faltou garra. Apostamos na garra e faltou um pouco de talento. Chegamos a ter 11 pontos de vantagem e perdemos o título. Chegamos a ficar na linha de descenso e com grande superação chegamos... na Libertadores (ah, se tivesse mais 3 rodadas com certeza seríamos campeões naquele ano).

Nada disto justifica nosso insucesso, nem tem um único culpado. Somente aumenta, com requintes de crueldade nossa dor. E vão vir outros campeonatos, talvez outras decepções (umas maiores e outras menores). Poderia falar que o Felipão fez muito com o que tinha. Outros vão dizer que nossa obrigação era vencer. Poderia falar da falta de qualidade. Posso reconhecer que o grupo do Inter é mais qualificado. Tudo isto é verdade. Mas a realidade era que eu queria escrever que fomos campeões gaúchos e ou que entramos num túnel do tempo de volta a metade dos anos 1990. Vou (vamos) erguer a cabeça e seguir lutando, esta é a nossa história, acreditar, mesmo ferido, cansado, derrotado muitas vezes, vamos seguir lutando. Mas até ser forte cansa.

Quero títulos, vitórias reais de guerras e não somente vitórias valorosas de batalhas decisivas. Voltar a ser campeões é o que uma geração de gremistas sonha. Não é o caso de levantar plaquinhas com números negativos, ou de dar pauta para colorados tirarem mais onda da gente. Mas o fato do tricolor fazer um pacto interno, buscar a unidade para voltar a vencer, parar de achar solução mágica no passado ou futuro. Austeridade financeira é fundamental, mas precisamos de esforço num time competitivo que nos dê vitórias, Arena cheia e retorno financeiro. Somente assim poderemos voltar a pintar o RS e o Brasil de Azul, Preto e Branco!

@gremistaoficial
@getuliovargasjr

segunda-feira, 2 de março de 2015

Grêmio empata GREnal que poderia ter ganho!


O GREnal da Paz, como foi denominado este jogo pela êxito da torcida mista, não foi o clássico de gremista algum, mas com certeza não foi o GREnal do pesadelo que muitos pessimistas sonharam que seria.

Ainda estamos longe de ter cara de time. O tricolor do final do ano passado para este ano regrediu. A falta de atacantes ainda assombra o Grêmio, mas a redução da folha já foi significativa. Isto não é fácil, mas é um desafio que temos que enfrentar agora, para poder investir depois.

Hoje pagamos o ônus de ter tido times caros e que não venceram, feitos às pressas para competições e não fruto de planejamento. O tricolor de 2014, por incrível que pareça, foi o time com menos jogadores emprestados (Bastos, Alan Ruiz e Dudu), mas pagamos a conta em 2015 pelo final de contrato de muitas peças. Por outro lado pagamos salários milionários para jogadores de contratos longos, que emprestamos ou ainda esperamos negociar.

Não bastasse tudo isto Geromel e Giuliano, dois jogadores importantes ficaram fora do início da temporada e Ramiro se lesionou nos primeiros jogos. O fato é que o tricolor precisa, mesmo com toda esta contingência de gastos de reforços e ainda não teve nesta temporada. Com a chegada de 2 a 3 peças devemos poder encarar e ganhar o Campeonato Gaúcho. Encaixando estes reforços, com mais 2 ou 3 contratações pontuais.

Vamos ao GREnal – o tricolor apresentou o que tinha de melhor no momento. Com Giuliano sem condições de jogar 90 minutos o treinador tricolor apresentou um tricolor com Mamute de atacante (onde novamente foi prometido um reforço para titularidade), Lincoln no lugar que seria de Luan (lesionado), Bastos (no lugar que seria de Giuliano no segundo tempo) Araújo no lugar que foi de Bastos no segundo tempo e Walace (que voltou ao time). Douglas fez um bom jogo e até voltou para marcar em muitos momentos. Para fechar o lado esquerdo e o direito, usou Marcelo Oliveira e Matias, no lugar dos favoritos Junior e Galhardo. Erazo ainda ocupa a vaga que é de Geromel.

A escalação surpreendeu Aguirre, e a torcida tricolor, com um time que fechou espaços e buscou jogar na velocidade. Lincoln, Marcelo Grohe e Matias jogaram muito bem e a entrada do Giuliano, apesar de ainda não ser o que esperamos, acrescentou qualidade.

O GREnal teve momentos de superioridade de ambos os times, mas depois dos 30 min do primeiro tempo, até os 15 minutos finais do segundo tempo a superioridade foi do tricolor. Que infelizmente não traduziu em gols. A falta de qualidade foi superada com marcação encaixada e velocidade. Num GREnal que muitos davam a derrota como certa o empate poderia ter se traduzido em vitória.

Com o retorno de atletas em recuperação e as contratações prometidas teremos alternativas, coisas que não temos hoje e não tivemos nas primeiras rodadas do Campeonato Gaúcho. Pela primeira vez começamos a visualizar um time, cara de time, com pegada, disciplina e vontade. Ainda estamos longe de ter uma dinâmica, jogadas ensaiadas, bola parada, mas evoluímos muito em relação ao início quase catastrófico.

Acredito que vamos crescer muito nas próximas semanas e chegaremos em outro patamar nos playoffs do Campeonato Gaúcho. Antes de encerrar deixo minha indignação com a mídia que coloca os problemas nos estádios nas torcidas organizadas. Isto é simplificar os problemas, a torcida organizada é importante e deve sempre ser respeitada. Excessos que acontecerem devem ser punidos exemplarmente, mas nunca a criminalização da torcida inteira. Acredito que podemos este ano pintar, o RS e o Brasil, de azul, preto e branco.

@gremistaoficial

quinta-feira, 22 de janeiro de 2015

Nosso TRICOLOR para 2015!

Nosso TRICOLOR para 2015!
 
Salve tricolores!
 
É momento de retomada. Começamos mais uma temporada, os negócios ainda rolam até o final de janeiro, na janela internacional e segue até o Brasileirão na janela interna. O tricolor depois de participações em Libertadores tem somente o campeonato gaúcho e fases iniciais da Copa do Brasil neste primeiro semestre.
 
Estivéssemos na Libertadores o nível de investimento do grupo tricolor seria maior, em virtude da vontade do tri da América e de ter muito mais recursos nos cofres (fruto da televisão, prêmios, patrocínios, bilheterias e venda de produtos). Mas sendo esta a nossa realidade nos resta, com sabedoria, colocar ordem na casa: diminuir folha de pagamento com jogadores secundários, devolver jogadores emprestados, finalizar contratos de jogadores, reemprestar jovens que não devem ser aproveitados e buscar alternativas para jogadores que foram contratados com altos salários e longos vínculos. É uma medida antipática – reduzir custos e folha de pagamento – mas é fundamental para a saúde tricolor nas próximas temporadas. Isto faz com que este primeiro semestre seja um laboratório para o tricolor, valorizando a base e buscando reposição com peças pontuais. Felipão sabe fazer isto como poucos.
 
Se o grupo de 2014 já tinha grandes problemas podemos pensar que começar 2015 assim seria pior ainda a perspectiva. É verdade, neste primeiro semestre não podemos imaginar um time melhor, mas em termos de 11 iniciais a qualidade do time do ano passado para o time deste ano mudou pouco, o problema é que em termos de grupo as coisas ficaram ainda mais apertadas. Como disse ainda tem tempo para negócios pontuais, mas acredito que nada de extraordinário deve acontecer.
 
Em termos de saída Alan Ruiz e Dudu foram devolvidos aos seus times por serem emprestados com direitos fixados acima do que seria razoável para o tricolor pagar. Pará e Bressan foram para o Flamengo. O primeiro para quitar parte da dívida com Flamengo por causa do Rodrigo Mendes, o segundo para ter uma condição de jogar mais. Werley estava num momento em que mudar de ar é melhor para ele e para o tricolor, não teria condições de jogar aqui e sempre rondava desconfiança com sua presença em campo. Lamento a perda de Zé Roberto e Saimon, mas em fins de contrato eles optaram por seguir a vida em outras equipes e acabaram ajudando o tricolor a reduzir seus custos. Riveros que foi contratado para substituir o Fernando quando foi para a Ucrânia voltou para o seu país natal encerrar sua carreira. Vai fazer falta.
 
Outras saídas são interessantes, Maxi Rodriguez e Fernandinho foram colocados em vitrines neste primeiro semestre e podem se valorizar para serem vendidos em seguida. Outros jogadores devem ser colocados em outros times ou liberados, inclusive alguns que estão na pré-temporada com Felipão e não devem ser aproveitados depois. Existem outros que ainda buscam soluções e devem aliviar a folha de pagamento do tricolor. Kleber, Adriano e Edinho são jogadores que oneram a folha em mais de um milhão de reais. Quando contrataram eram boas alternativas, mas hoje se transformaram em elefantes brancos no grupo tricolor.
 
Vamos ao grupo tricolor. Neste primeiro semestre temos bons goleiros – Marcelo Grohe é talvez o melhor jogador do grupo tricolor, nível de seleção brasileira. Tiago e outros jovens goleiros são alternativas seguras. Griti que jogou a Copa São Paulo jogou bem e mostra que a meta não vai ser o nosso problema e que temos conseguido formar bons goleiros desde os tempos de Danrley.
 
Nas laterais a vida é muito complicada para o tricolor. O ano passado tínhamos já a falta de grupo nestas posições, com a saída de Pará e Zé Roberto as coisas ficaram ainda mais complicadas. Galhardo e Mathias Rodriguez são jogadores que mais apoiam que marcam. Nenhum dos dois teve um bom ano de 2014, mas, se as lesões não atrapalharem, Galhardo – que tem contrato até o final do ano – deve assumir a posição. Surge para a lateral direita o jovem Raul que deve ser alternativa este ano e pode vir a ser no futuro o dono da nossa camisa 2. Na esquerda Marcelo Oliveira marca mais que apoia, é polivalente, Marcelo Hermes e Liverson não mostraram um futebol diferenciado, mostrando talvez a necessidade de ter mais um peça para esta posição.
 
Na zaga o tricolor tem 3 boas peças e jogadores da base para aproveitar. Em condições normais Rodholfo e Gerolmel seriam a dupla titular. Com a lesão de Geromel o forte Erazo deve ser a dupla ao lado de Rodholfo. Se Erazo for o da Copa ele tem tudo para ficar em definitivo no Grêmio e ter um setor forte e competitivo. Se for o do Flamengo é jogador para compor grupo – em tempo o esforço dele para vir pro Grêmio deve ser reconhecido. Gabriel Silva e Thyeri são jovens que devem ir se firmando na temporada. Gabriel foi um pouco inseguro em alguns momentos, mas deve ganhar confiança com o andar da temporada. Lucas e o outro Gabriel (que viveu dois anos com lesões) completam o grupo. Recuperado Gabriel é jogador para compor o banco ao lado Erazo e entrar com frequência no time tricolor.
 
Os volantes são outro problema que surgem hoje para o tricolor. Um setor que tinha várias alternativas com a lesão do Ramiro e saída de Riveros ficou carente. Em condições normais hoje Wallace e Ramiro seriam os titulares. Felipe Bastos, que ainda não sabemos que se fica ou se saí, mas que tem contrato até a metade da temporada é um jogador importante para o grupo tricolor. Araújo e Balbino foram elogiados na pré-temporada e devem ser aproveitados durante a temporada. Aqui vejo que Riveros vai fazer muita falta pra o grupo tricolor. Aqui, no segundo semestre, o tricolor deve buscar alternativa, ou mesmo buscar alguém um negócio de ocasião.
 
Na meia temos uma situação interessante. Giuliano e Douglas, em tese seriam os titulares tricolores, mas Luan e Lincoln podem surpreender na busca de uma vaga. O tricolor se desenha no 4222 clássico, com dois meias e dois volantes o ano passado lembrava um 4231 com dois volantes, Wallace e Felipe Bastos, com Ramiro, mesmo sendo de origem mais defensiva, numa linha de 3, centralizado, com Dudu e Luan pelos lados. Com dois centroavantes o 4231 fica descartado. A qualidade deste jovem Lincoln e a necessidade de dar ritmo e valorizar Luan, junto com a lesão de Giuliano deixam o grupo em aberto nesta posição.
 
No ataque temos uma fartura de opções. Acredito que nem todos vão ficar no grupo, mas o que vemos é que temos duas estrelas: Moreno e Barcos. Everton, Lucas Coelho e Everaldo são as primeiras alternativas, junto com Luan. Paulinho é uma alternativa de velocidade. Erik é admirado pela diretoria.
 
Temos ainda os jogadores da Copa São Paulo que podem ser aproveitados como o centro avante e o Arthur – volante. Enfim o grupo, como disse antes, não esta fechado, negócios de ocasião não devem ser descartados e temos o primeiro semestre para fazer testes e avaliar todos estes jogadores sem grande pressão. Claro que queremos e devemos ganhar o Gauchão, mas perder o estadual não deve ser terra arrasada. O principal saldo deste semestre será projetar jovens jogadores. Se tudo der certo o tricolor vai precisar de uns 3 ou 4 jogadores para fechar o grupo no segundo semestre quando queremos ter time para disputar o Brasileiro e entrar no G4 e apostar as fichas na Copa do Brasil, ainda mais concorrida com os times reforçados da Libertadores, Palmeiras, Flamengo e outros grandes do futebol brasileiro que devem chegar nas fases finais da competição.
 
O ano de 2015 promete ser um ano de colocar a casa no lugar. Se eu fosse o Felipão gostaria de ter o tricolor no final de semestre com este time e banco: Marcelo Grohe, Galhardo, Geromel, Rodholfo e Marcelo Oliveira, Wallace, Ramiro, Giuliano e Lincoln, Luan e Moreno e teria no banco Tiago, Matias, Erazo, Gabriel e Marcelo Hermes, Araújo, Felipe Bastos e Douglas, Paulinho, Everton e Barcos. Aliás ficaram muito bonitos os novos uniformes tricolores com a Umbro. Gostei da Puma e da Topper, mas acredito que com a Umbro vamos elevar ainda mais o nível e embora a camisa esteja cara é algo que sempre vale o investimento. O tricolor tem uma divida com a torcida que merece um titulo. Esperamos este ano pintar o RS e a América de Azul, Preto e Branco.
 
@gremistaoficial
@getuliovargasjr

sexta-feira, 14 de março de 2014

Bom jogo de Grêmio e NOB na Arena‏

Saudações tricolores

Mesmo sem contratações bombásticas e a saída de jogadores renomados no mercado, podemos afirmar que o tricolor deste ano, tem muito mais a cara do Grêmio que queremos do que o tricolor do ano passado e tem jogado muito mais, numa comparação com o próprio Grêmio.

Enderson Moreira, que não tem o mesmo nome e experiência de Renato e Luxemburgo, mas até agora, já deu ao tricolor uma outra forma de jogar, parecida com a que ele mostrou no Goiás. E como o material humano aqui é muito superior ao de lá, e com uma base sólida de defesa, herança de Renato, foi mais fácil começar a implantar uma futebol mais volumoso e moderno, dialogando diretamente com o que vemos semanalmente nos campeonatos europeus, como inglês, espanhol, italiano e alemão. Isto mostra que o Koff estava certo em sua escolha e Rui Costa antenado para buscar os reforços pontuais para uma equipe boa e um clube quase falido.

No jogo contra o NOB ontem vimos duas escolas de futebol muito interessantes em campo. O time argentino em muitos aspectos não parece argentino. Tata Martino que treinou o Paraguai por muito tempo, era treinador do NOB quando foi para o Barcelona e podemos ver muito dele ainda neste time argentino. O toque de bola, a paciência, a qualidade dos jogadores, nos permitiu um belo espetáculo.

Por outro lado o tricolor no primeiro tempo usou uma formação mais conservadora, com Riveros e Ramiro mais liberados no meio, esta formação lembra o Renato quando jogava com Losango no meio, mas hoje com Luan e Barcos mais avançado tenha a mesma eficiência defensiva, com mais força no ataque. Este esquema é uma variação interessante, vai ser fundamental para jogos fora e em jogos que tenhamos que fortalecer a marcação.

Durante todo tempo que esteve em campo Luan foi uma peça aguda e perigosa, ao lado de Wendell protagonizou as principais tentativas tricolores. No segundo tempo o tricolor melhorou quando Dudu entrou. Sua presença perturbou a lenta defesa do NOB. Aliás, as entradas de Alan, Dudu e Maxi somaram e deram mais alternativas ao tricolor. Barcos perdeu um gol que poderia ter feito. O goleiro deles, Guzman, teve uma atuação segura, e com Heinze comprometendo, ele muitas vezes ele jogou até adiantado.

A passagem dos laterais foi interessante, ontem Pará apoiou mais do que tem apoiado. Werley teve uma partida impecável e foi, pra mim ao menos, o melhor zagueiro tricolor em campo. Marcelo quase não foi notado.

A partida de ontem foi digna de dois grandes times desta Libertadores. Devemos lembrar da campanha no ano passa do NOB na Libertadores e é o atual campeão argentino. Por outro lado o tricolor conseguiu mostrar força em casa e tem tudo para buscar pontos fora contra Nacional na Colômbia na semana que vem contra o próprio time argentino.

A torcida fez sua parte, foram mais de 43 mil gremistas apoiando e cantando. Ontem a pauta foi futebol e disto o tricolor entende. Todos somos contra o racismo no futebol e em qualquer lugar e nunca custa reafirmar isto. #PORumaCOPAsemRACISMO

Realmente estas partidas nos animam para sonhar, projetar a realização de planos grandiosos para o tricolor em 2014. Um time com força e com a cara da Libertadores. Este ano ainda podemos pintar o Brasil, a América e o Mundo de Azul, Preto e Branco.

@getuliovargasjr
@gremistaoficial

quarta-feira, 12 de fevereiro de 2014

Vai começar a Libertadores e a temporada do Grêmio‏


Saudações tricolores!

A temporada do Grêmio começa de fato com a estreia na Libertadores. O momento é de reflexão, de pensar que os reforços foram poucos, reposições abaixo das peças que saíram do clube. A sorte não nos sorriu desta vez, o sorteio foi pesado, o que não impede a classificação, mas torna a nossa tarefa muito mais árdua, todos do grupo, menos o NOB, já ganharam esta competição. Ao mesmo tempo o NOB foi semifinalista em 2013 e tem bons jogadores, sendo campeão argentino.

O Grêmio é copeiro. Dos últimos campeões da Libertadores (desde 1998) somente o Atlético Mineiro joga esta Libertadores. Não ter tantos adversários com bom passado recente na competição aumentam nossas chances e a responsabilidade. A ESPN e FOX, fora do bairrismo, da imprensa Colorida e da alçada da Globo, colocam o Grêmio como um dos favoritos desta competição que se tornou a nossa obsessão.

O Grêmio vai enfrentar a temporada partindo do seguinte grupo de jogadores:


1 - Marcelo Grohe
2 - Pará
3 - Pedro Geromel
4 - Rhodolfo
5 - Werley
6 - Léo Gago
7 - Dudu
8 - Edinho
9 - Barcos
10 - Zé Roberto
11 - Alan Ruiz
12 - Busatto
13 - Moises
14 - Maxi Rodríguez
15 - Bressan
16 - Riveros
17 - Ramiro
18 - Wendell
19 - Matheus Biteco
20 - Saimon
21 - Breno
22 - Tinga
23 - Everton
24 - Tiago Machowski
25 - Jean Deretti
26 - Luan
27 - Everaldo
28 - Lucas Coelho
29 - Adriano
30 – Kleber

Goleiros: Marcelo Grohe, Busatto e Tiago – Marcelo finalmente recebe a chance de jogar uma temporada inteira. Tem talento, é um dos experientes do grupo, apesar da pouca idade, e tem salvo o tricolor muitas vezes nas oportunidades que teve anteriormente. Busatto e Tiago são crias da nossa base que tem revelado sempre bons goleiros.

Laterais: Pará, Wendell, Moisés, Léo Gago (?), Tinga e Breno – Não tenho dúvidas que junto com o ataque este é o setor mais questionado. Pará e Wendell largam como titulares inquestionáveis, nossa esperança é que Wendell se afirme e siga jogando bem, como nas oportunidades que teve. Pará é um carregador de piano, mesmo sem ter o brilho que gostaríamos ele tem sido peça de confiança dos treinadores que passaram recentemente no tricolor.  Fica claro que Wendell apoia mais e o Pará guarda mais a posição, o que vai exigir boa cobertura do lado esquerdo.

Zagueiros: Rhodolfo, Werley, Bressan, Geromel e Saimon – a troca do Souza pelo Rhodolfo nesta temporada nos garante o líder da defesa até o final do ano. Isto demonstra a aposta do clube no papel dele na defesa tricolor. Bressan e Werley brigam pela outra posição. Geromel ainda tem que mostrar o seu futebol, mas parece ser um atleta com bom potencial e experiência para o grupo. Saimon tem mostrado mais desempenho fora do que dentro do campo.

Volantes: Ramiro, Edinho, Riveros, Adriano, Matheus Biteco e Léo Gago – mesmo com a saída do Souza ainda temos boas reposições. Edinho, mesmo com a sua história nos coloridos, merece um voto de confiança, afinal é um jogador que se entrega. Jogando com Ramiro e Riveros podemos ter uma boa proteção à defesa. Espero um time na temporada com três meias, mas na arrancada devemos ter três meio-campistas defensivos. Léo Gago e Adriano são peças experientes, embora eu acredite que logo seja Matheus Biteco quem dispute vaga de titular no time.

Armadores/Meias-Atacantes: Zé Roberto, Alan Ruiz, Maxi Rodriguez, Dudu, Luan e Deretti – a saída de Elano e Vargas, com certeza foi perda de qualidade, a reposição foi com menos qualidade, mas acredito que com mais vontade. Zé Roberto é uma peça importante, por mais que seja questionado, e aceitou reduzir os direitos de imagem para acabar a carreira no Grêmio. Alan Ruiz e Dudu ainda tem que mostrar futebol no Grêmio mas suas referências são as melhores. Dudu seria o cara de velocidade pelo lado e Alan um ‘enganche’ argentino. Maxi é um bom jogador e tem as condições de afirmar neste ano como referência técnica do time. Deretti é  grande promessa do Figueirense, não jogou bem no ano passado devido a lesões. Luan é a grande esperança da base, jogou bem o GREnal e promete aparecer bem este ano.

Atacantes: Barcos, Kleber, Lucas Coelho e Everaldo – o Pirata é o cara do ataque. Começou o ano fazendo gols, vai jogar mais perto da área e tem tudo para ter um ano parecido com o que teve no Palmeiras em 2012. Lucas Coelho é o jogador com as características para substituir Barcos em eventuais ausências. Everaldo é um bom atacante, tem boas referências da sua velocidade. Kleber é o jogador que não sabemos se volta desta lesão. Existe um sentimento de que não é a solução para o Grêmio e que move uma usina para acender uma lâmpada.

O treinador Enderson Moreira teve bons trabahos, mostrou que aposta na base, em acordo com a direção do clube. Mostrou um bom conhecimento tático e do mercado. Fabio na preparação é um cara renomado e Rui Costa tem sido um grande braço direito do Koff como executivo do futebol.  As saídas de Elano, Moreno, Vargas, Souza e Alex foram repostas com Wendell, Edinho, Geromel, Dudu e Alan Ruiz e a prospecção da base tricolor. Num primeiro momento parece pouco, mas pode ser o suficiente para que o tricolor não se afunde em dívidas e pode ser o necessário para disputar bem uma temporada que se anuncia muito equilibrada e disputada.

A fotografia não pode empolgar, mas realmente não estamos mal. Se a gente jogar no 4321 ou no 4231 (que prefiro) temos bons jogadores, temos que criar uma dinâmica de jogo, ter jogadas ensaiadas, fazer da bola parada uma arma e criar uma forma de jogar que lembre o tricolor, mas que seja ao mesmo tempo moderno, veloz e aguerrido. Com certeza a torcida vai ser novamente o diferencial. Somente com identidade e força poderemos pintar novamente o Brasil e a América de Azul, Preto e Branco.

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