segunda-feira, 28 de novembro de 2011

Melancolia

Ontem, pra você que não se lembrava, era dia de jogo do Tricolor no Monumental. Não se preocupe por ter esquecido. Afinal, o próprio Grêmio insistia em dizer pra si mesmo que não haveria jogo. Nosso time parece já estar de férias antes mesmo de acabar o ano, já que não havia mais nada de interessante a se fazer. Mas, tem que jogar, vamos lá...
O adversário de ontem era o Atlético-GO, que já estava praticamente livre do rebaixamento à série B no ano que vem. O Grêmio precisava vencer. Não para garantir alguma coisa, pois já não havia mais risco de cair, o que seria uma tragédia, e já estava praticamente garantido na Sul-americana em 2012. Precisava vencer mesmo era para “sair da seca” e, como disse Celso Roth, tentar apagar a impressão deixada pela derrota para o Ceará.
Mas ela não se apagou, Celso. Pelo contrário, conseguiu ficar um pouco pior. O Tricolor mais uma vez deu ares de estar desligado do jogo, sem interesse. E deixou o primeiro tempo do jogo modorrento e duro (de assistir, é claro). Só que do outro lado, o Atlético estava sentindo-se mais à vontade do que nunca. O jogo estava se desenhando todo para os goianos, com facilidade de toque de bola e espaços, não demorou muito para que Anselmo entrasse na cara de Victor para abrir o placar.
Roth mudou o time em decorrência da lesão de Rafa Marques. Gabriel entrou e conduziu Mário Fernandes para a zaga. Mas, além da falta de vontade, a falta de entrosamento entre Vilson e William Magrão no meio-campo também prejudicava o time gremista. Resultado: primeira etapa acabando com derrotas e vaias.
Na segunda etapa, Roth mudou o posicionamento. Mário virou volante e Vilson foi para a zaga. A mudança trouxe mais qualidade às jogadas com bola no chão. Mário mais uma vez mostrou porque é diferenciado e fez uma bela partida jogando como volante. Contribuiu para que William Magrão aparecesse mais no jogo, inclusive aparecendo na área para bater cruzado e empatar o jogo.



Sua comemoração vibrante, como sempre, fez o time se empolgar um pouco. Um minuto depois, André Lima fez uma excelente arrancada na meia-cancha. Mário acompanhou o lance e recebeu às costas da zaga para bater rasteiro e forte. Marquinhos contou com a sobra da fala de Márcio para virar o jogo, de carrinho debaixo das traves. Grêmio 2x1. Legal, né? Não... O time voltou a ser melancólico e o Atlético-GO se aproveitou e empatou o jogo aos 40 do segundo tempo, quando Victor soltou e a zaga não acompanhou o lance para afastar o perigo.
Agora, pra encerrar o ano, só falta o Gre-Nal. É pedir demais ou eu posso contar com uma vitória? Vou apoiar meu time, como sempre, para que isso ocorra. Mas é preciso ser mais dedicado, “deixar a alma em campo”. O jogo vale muito, pra eles, é verdade. Mas, já que não há mais nada a se fazer, eu aceito atrapalhar a vida deles. Mas, por favor, não repitamos o ano de 2011. Todos nós merecemos um 2012 melhor.
Força e raça, meu Grêmio.

segunda-feira, 21 de novembro de 2011

Definitivamente, 2011 Acabou

Um fato que, para nós torcedores, já havia se confirmado há alguns muitos jogos atrás, se confirmou, ou ficou claro, para nossos jogadores depois da derrota do sábado diante do Ceará. O ano de 2011 acabou. A impressão que temos é de que os jogadores, assim como nós, tiraram o pé e “desligaram o motor do barco”. Triste, mas essa é nossa realidade.
O Grêmio entrou em campo desatento, lento, preguiçoso e desmotivado. Adjetivos que não combinam com a história gloriosa deste manto azul, preto e branco que os jogadores vestem. O time, visivelmente, não queria jogar. Não se esforçava para isto. Resultado: Perdeu...
Perdeu, pois do outro lado havia uma equipe motivada, valente e que estava disposta a morrer por uma vitória. O Ceará precisava, e muito, da vitória. Uma derrota o colocaria desesperadamente perto do rebaixamento. Veio com tudo, logo chegou ao gol, em grande jogada do jovem atacante Osvaldo, que balançou a zaga gremista e deu o gol para Felipe Azevedo. Ceará 1x0.
Queria muito dizer que o Grêmio chegou ao empate por esforço. Mas não. Só chegou porque, em um único momento, decidiu mostrar que é mais forte do que o Ceará. Foi numa jogada de Douglas. Boa jogada, por sinal, onde ele recebe na intermediária, faz o “um-dois” com André Lima e toca cruzado, no canto de Fernando Henrique.
No segundo tempo, a expectativa na arquibancada era de que o time fosse crescer e buscar a vitória. Mas, para nossa ira, não foi assim. O time seguiu modorrento, desmotivado e desmotivante. E não demorou muito para que essa preguiça resultasse em gol. Do Ceará. O pênalti de Rafa Marques teve cobrança de Felipe Azevedo, que fez seu segundo gol na partida. Ceará 2x1. E, como se a tragédia já não fosse pouca, o mesmo Felipe ainda fez o terceiro em uma jogada de erros generalizados da defesa gremista. Muito legal né? E se eu disser que Osvaldo ainda perdeu chance de fazer o quarto? É, meu amigo...
Forças para ir ao ataque o Grêmio até tinha, principalmente com Mário Fernandes e Miralles, pela direita. Leandro e Douglas também tentavam, mas insistiam, ou no preciosismo, ou nos chuveirinhos de Julio Cesar, que não davam certo também.
A coisa estava tão feia que o Grêmio conseguiu dar-se ao luxo de perder um pênalti, com Miralles, batendo no pé da trave, aos 48 do segundo tempo. Quando a paciência da torcida já se esgotara e voltavam os gritos tão conhecidos de “Adeus, Roth”.
Faltam 02 jogos para acabar o ano. Atlético-GO e o Gre-Nal. Não é pedir demais vencer estes jogos, jogando bem, não é? Terminar o ano vencendo vai melhorar os ânimos de todos, para planejar de forma eficiente o ano de 2012. Este ano que termina não pode se repetir. Precisamos chegar a dezembro do ano que vem disputando coisas importantes e comemorando sucessos ao longo da temporada. Seja com Roth ou sem Roth, com quem for, só queremos a volta de um Grêmio forte e campeão.
Força e Raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra
Fotos @medeiros_carlos

domingo, 20 de novembro de 2011

E agora José?

   Sim, mais um ano acaba e nossas esperanças se voltam para o ano que vem!Na noite desse Sábado, nós, Torcedores Gremistas, confirmamos que um time sem uma boa direção, com um técnico ruim e com só alguns jogadores bons não vamos, jamais, conquistar as façanhas que o Grêmio necessita e merece.
Acredito, que não apenas o que vos escreve, mas toda a nação Gremista está cansada das mesmas promessas que a Direção todo ano nos faz, dizendo que no próximo ano nosso futuro será diferente e que todos os campeonatos que disputaremos entraremos para vencer. Dessa forma, nos iludimos, mas não cansamos de apoiar.
   Nesse contexto, é possível afirmar que nosso ano não começou tão bem, e desde Janeiro, nosso dilema era se Ronaldinho(vulgo Gaúcho) ia ou não ser contratado, torcida esperançosa, pela volta do ex-craque,no entanto, mais uma vez,esse jogador traiu e desrespeitou a Instituição Grêmio e a torcida. Mesmo assim, não nos abalamos, pois jogaríamos a Libertadores e o sonho do Tri estava vivo; não veio, sobretudo pela falta de um elenco proficiente e que suprisse com qualidade alguns desfalques. Após alguns insucessos em alguns jogos do Brasileirão e o fracasso da Libertadores, o ídolo Renato foi demitido, frustrando alguns torcedores; para seu lugar Roth assumiu e a história,infelizmente, sabemos, esta aí a vergonhosa campanha do nosso time no Brasileirão!
   Então,recorro ao poema de Carlos Drummond de Andrade E agora José, cujo um dos fragmentos, escrevo aqui: “E agora José, a festa acabou, a luz apagou,o povo sumiu, a noite esfriou,e agora José?” E agora Direção? E agora Roth?

                                                                                    
                                                                                     Por 


quinta-feira, 17 de novembro de 2011

Não Foi Tão Ruim Assim


Jogar no Engenhão é sempre ruim para o Grêmio. Praticamente sinônimo de derrota a cada partida que jogamos lá, independente do adversário que estivermos enfrentando. E ontem, como não estávamos disputando mais nada, tinha tudo pra ser assim de novo.
Parecia até começar o jogo. O Grêmio entrou bem, disposto e animado para enfrentar um Flu que precisava, e muito, da vitória. Afinal, uma chance de vaga na Copa Libertadores, ou ainda, de título não pode ser jogada fora em jogo dentro de sua casa. Ainda mais depois de uma derrota para o então lanterna do campeonato, o América-MG, na rodada do fim de semana.
Mas o Grêmio não quis saber disso e abriu o placar. Em uma falha de Diego Cavalieri na cobrança de escanteio, Rafael Marques, nosso “perigo nas duas áreas”, mandou para a rede. 1x0 no placar e a torcida do Fluminense via o filme do fim de semana ser reprisado.
A equipe de Roth jogava bem, mas a defesa não passava segurança. Tanto é verdade que Fred empatou o jogo em uma falha coletiva. Brandão tinha que ir, não foi. A zaga marcou touca também. Resultado: Fred se antecipou, matou Victor e empatou o jogo: 1x1. Mas o Tricolor Gaúcho não se abateu e continuou correndo e lutando. Em descida rápida no finzinho do 1° tempo, Lúcio sofreu falta. Assim como no 1° turno, Marquinhos bateu no ângulo e colocou na rede, um golaço: Grêmio 2x1.
Começa a segunda etapa e o jogo, por incrível que pareça, seguiu mais eletrizante. As duas equipes buscavam o gol o tempo todo. E, graças às atuações péssimas das duas defesas, os gols saíam. Fred apareceu livre para empatar novamente. Houve ainda a jogada de Rafael Sobis, em que ele achou espaço no bico da área e encheu o pé. Para azar de Victor, ele teve felicidade no lance e mandou no ângulo e virou o placar para 3x2 Flu.
A entrada de Lúcio na vaga do lesionado Escudero deu boa velocidade ao meio de campo gremista, e o camisa 11 voltou a repetir as boas atuações da época de Renato Portaluppi, que foi quem o colocou nesta posição. Aparecendo assim foi que ele achou Brandão livre na área e cruzou para nosso centroavante cabecear no canto e empatar de novo, 3x3. O Grêmio ainda teve forças para virar o jogo e chegar ao quarto gol. Pasmem, em um golaço de Adilson. Isso mesmo, um fato que aconteceu apenas uma vez, e há dois anos. O Guri de Bom Princípio acertou um chutaço na gaveta de Diego.
Mas os dois destaques mesmo foram Fred e o árbitro. O juiz alagoano marcou pênalti para o Fluminense em uma jogada de Adilson, em que não houve a falta, sequer algum toque. Fred não tinha nada a ver com isso, fez seu terceiro gol e empatou o jogo em 4x4. E, para colocar a cereja no bolo, o árbitro expulsou Brandão em uma jogada em que ele sofreu falta. Na sequência do lance, Fred mostrou que é matador e virou o jogo, para definir o placar em 5x4 para os cariocas.
Perdemos, mantivemos a nossa “draga” no Engenhão. O bom nisso tudo é que o time correu e mostrou brio. Nem tudo está perdido, bastam alguns reforços em 2012. Vamos trabalhar nos últimos jogos e planejar bem o ano que vem, para que 2011 não se repita.
Força e raça, meu Grêmio.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

Passado, Presente e Futuro


Ato n° 1 – O Passado:
Amigo leitor, sei que você deve ter sentido falta daquela leitura pós-jogo que sempre fazemos juntos neste espaço após o preocupante e pavoroso empate diante do Palmeiras. Sim, pavoroso, pois o Grêmio não jogou absolutamente nada, e a história de Grêmio x Palmeiras sempre nos reservou grandes duelos. Foi um jogo decadente, entre um desajeitado Grêmio e um cambaleante Palmeiras, treinado por um cambaleante Felipão. De bom mesmo, vimos, no Grêmio, o golaço de Fernando, o segundo, e a jogada vertical de Leandro no primeiro. E só, também... Pois de ruim teve um time desajeitado, uma defesa lenta e um ataque praticamente nulo.
Ato n° 2 – O Presente:
Hoje, o Grêmio vai ao Engenhão encarar o Fluminense. De sangue doce, pois já não tem nenhuma responsabilidade no campeonato e, como já havia lhe referido, caro leitor, nosso ano já acabou há um bom tempo.  Mas para o Fluminense, o jogo vale muito. Uma vitória ainda o permite sonhar com o título do campeonato ou uma vaga na Copa Libertadores 2012. Se você parar e refletir que, desde a inauguração do Engenhão, nós nunca vencemos um joguinho sequer naquele estádio, a situação se torna ainda mais tensa para nosso lado. Mas, é o Manto Tricolor que vai estar em campo, então, tem que jogar com alma e coração. Uma vitória, por mais que não nos valha nada no campeonato, é sempre uma vitória, e vencer é sempre bom.
Ato n° 3 – O Futuro:
2012 vem aí, torcedor Gremista. Contando com a partida desta noite, ainda restam mais quatro jogos: Ceará e Atlético-GO em casa e o Gre-Nal que encerra o ano no Estádio Beira-Rio. De motivante mesmo, só o clássico. Com isso, o futebol acaba perdendo espaço para as especulações de reforços. Fala-se na imprensa em nomes como Vagner Love, que eu, particularmente, acho que não seria uma boa ideia, uma possível volta de Carlos Eduardo. Mas tem sido dado destaque mesmo a chegada de Kléber Gladiador. Ao que tudo indica a novela finalmente acabou. Kléber disse sim ao Grêmio, os acordos com as diretorias de Palmeiras e Cruzeiro foram feitos e nesta quinta o jogador será apresentado. Fica a torcida para que Kléber apareça apenas dentro de campo, e não fora dele. Futebol para isso, sabemos que ele tem.
É isso, caro irmão gremista. Ficam meus pedidos de desculpas pela ausência na segunda-feira e os votos de que nosso futuro seja melhor e chegue perto do passado glorioso que todos nós conhecemos.
Força e raça, meu Grêmio.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

2011: Ano Para Ser Lembrado, Mas Não Copiado


Não, torcedor. Ainda não é um resumo do nosso ano. Pretendo fazer isso, mas não agora. Lá pra depois do Gre-Nal, quem sabe. Este post serve, na verdade, pra confirmar aos realistas, como eu, e avisar aos “superotimistas” que nosso ano acabou aqui. Quer dizer, eu já achava que já tinha acabado, mas havia quem achasse que uma vitória em Minas Gerais ajudaria? Não, não faria diferença alguma.
Sobre o jogo do sábado, em Sete Lagoas, não vou nem entrar em debate. A atuação do Grêmio, como um todo, não foi boa. E, quando teve lampejos de que fosse ficar melhor, o time desandou a perder gols. E a bola pune... Resultado: perdemos por 2x0, mesmo com um homem a mais em campo.
O assunto que merece este post, na verdade, é outro. E muito mais sério, diga-se de passagem. Por mais otimista que eu seja, e quem me acompanha sabe disso, não posso me iludir, e muito menos iludir a você, querido leitor: nosso ano de 2011 já acabou há tempos, e 2012 merece atenção e foco redobrado. E PRA ONTEM. Isso mesmo, em caixa alta, pra tocar forte na ferida mesmo.
Primeiro: não podemos perder tempo em negociações. Seja o cara que for: se não quer vir pro Grêmio, nos avise. Jogador que diz que quer vir pra cá, mas fica fazendo leilão, né Ronaldinho, não serve. Precisamos de um grupo de qualidade, mas que queira jogar. Os olhos para o mercado devem estar abertos desde já, e para renovações também. Não dá pra marcar touca. Estamos há 10 anos sem título, e o Olímpico merece uma despedida gloriosa, pelo menos perto do tamanho de sua história que levantou duas Libertadores e dois Brasileirões.
Segundo: montando um time forte e um grupo competitivo, precisamos correr atrás de um bom técnico. Mas cuidado, pois há poucas opções. Secamos o Corinthians e trazemos Tite; Escolhemos Felipão ou Kléber; Talvez, Jorginho, que faz boa campanha com o Figueirense. Mas, se não for nenhum dos três, aturemos Celso Roth. Mal ou bem, com suas teimosias à parte, é melhor do que qualquer outra aposta que se faça.
Terceiro: Somando os dois primeiros itens, vamos entrar com tudo nas competições do ano que vem. Este jejum tem que acabar. Gauchão, Copa do Brasil, Sul-Americana e uma campanha mais digna no Brasileirão. O Brasil tem que voltar a ter medo do Grêmio. Mas só a Imortalidade, não basta. Para isso, é preciso muita bola. Qualidade, técnica e tática, dentro de campo (inclua a casamata, não só os onze), mas também um comando forte fora de campo e uma torcida menos corneteira. Se houver a união destes fatores e todos, eu repito, TO-DOS, pegando junto, somos muito fortes.
O ano de 2011 acabou, deve ser esquecido. Mas, abramos nossos olhos, 2011 não deve repetir-se jamais. Não devemos fazer corpo mole nos jogos que restam. Apesar de não termos nada a disputar, ainda há um Gre-Nal entre os outros jogos. Mas, independente do campeonato e do adversário, o Manto Sagrado sempre deve ser honrado. “Tem que jogar com alma e coração”. Vamos acabar o ano e nos preparar forte para o 2012 que vem por aí.
Força e raça, meu Grêmio!
Por @Maurinhodutra