quinta-feira, 23 de fevereiro de 2012

A Quarta-feira de Cinzas Mais Azul da História

A Quarta-feira de Cinzas Mais Azul da História
Não iria haver nem graça. Seria uma goleada estrondosa. Eles eram os grandes favoritos. O Inter iria crescer e mostrar sua superioridade dentro de seus domínios. O elenco deles é melhor.
Falou-se muita coisa nos dias que antecederam a partida, mas esqueceu-se que era o Grêmio quem estava do outro lado. E, quando se fala em Grêmio, meu amigo, não se pode duvidar de nada. Não importa se a fase é boa ou ruim, se o time é forte ou não tem nenhum grande destaque, esse clube cresce. Isso é Grêmio.
O cenário para o clássico 391 era tenso e tenebroso. Um time cheio de desconfiança, uma derrota com má atuação diante do São José, que culminou na queda precoce de Caio Júnior do comando da equipe. Será que Roger conseguiria motivar os jogadores e armar um bom time para eliminar o grande time do Internacional, dentro do estádio Beira-Rio?
Conseguiu. E muito bem, diga-se de passagem. O esquema equilibrado, com Gilberto Silva na zaga e três volantes (Fernando, Léo Gago e Souza) deu maior poder de marcação, tanto que acabou anulando os armadores colorados D’Alessandro e Oscar. E, de quebra, deu maior liberdade para Marco Antônio jogar. Foi sua melhor atuação com a camisa gremista.
Léo Gago fez o primeiro, em uma cobrança de falta. Marco Antônio cruzou na área, a bola sobrou para nosso camisa 8, que enfiou um petardo de canhota. Ela explodiu na trave, batendo nas costas de Muriel para fazer a festa da Nação Tricolor e brindar a superioridade gremista na partida.
Na reta final da primeira etapa, o Inter ainda empatou, após erro de Fernando. Dagoberto arrancou com a bola dominada e deixou Damião na cara de Victor. O centroavante colorado venceu o primeiro duelo da noite contra nosso goleiro e colocou na rede.
Mas esta quarta-feira de cinzas haveria de terminar azul. O Grêmio voltou para a segunda etapa disposto a manter o ritmo e sair do gramado da av. Padre Cacique com a classificação na mão. E continuou lutando, batalhando, marcando forte e atacando. Principalmente nas grandes atuações de Souza e Léo Gago, que aterrorizavam a defesa colorada.
A pressão seguiu forte, chegando a se consolidar na grande jogada de Marco Antônio. Depois de ser praticamente amputado por Índio, Kléber apareceu nas costas da zaga, livre, leve e solto, depois de uma belíssima enfiada de bola do nosso nº 11. E aí, o Gladiador não perdoa. Foi um tapa seco, cheio de categoria e sangue nos olhos para fazer 2x1 e calar a torcida colorada.
Agora, Luxemburgo chega e apresenta-se a um time de ânimo revigorado e alto astral para seguir adiante no campeonato e enfrentar o Caxias, em Caxias do sul, rumo ao título do 1º turno do Gauchão e da vaga na Grande Final.
Aos jogadores, a Comissão Técnica, a Direção e a você, torcedor que acreditou: muito obrigado.
Força e raça, meu Grêmio.
Por @maurinhodutra

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