quinta-feira, 6 de outubro de 2011

A Arrancada Cautelosa Que Vai Dando Resultado

Jogo atrasado, contra um dos concorrentes diretos na tabela, a partida de ontem no Monumental seria a bússola que mostraria qual o rumo gremista no Brasileirão 2011. O Santos veio a Porto Alegre cheio de desfalques, sem Neymar e Ganso, mas com o status de melhor time do futebol brasileiro e atual Campeão da América. E o Grêmio?
O Grêmio começou a partida num ritmo alucinante, criando chances em cima de chances, assim como havia feito no jogo do domingo, contra o Cruzeiro. Em cinco minutos, Brandão já havia perdido três chances claras de abrir o placar. Numa delas, a mais clara, ele pecou pelo excesso de preciosismo, tentando o drible quando o mais prudente seria um toque por cobertura ou um chute seco. Mas a pressão deu resultado. Encurralando o Santos, aos 9 minutos, Marquinhos pegou o rebote de Rafael e colocou por cima, na cabeça de nosso novo titular do ataque. Brandão testou firme e correu para o abraço: Grêmio 1x0.
Aos poucos, o Santos começava a assustar nos contra-ataques e descidas rápidas. Assim como o Grêmio, os paulistas perdiam gols com uma facilidade incrível. Borges, o grande vilão da noite, teve azar no reencontro com os gremistas, e passou praticamente despercebido, não fosse o gol perdido descaradamente. Alan Kardec e Ibson também chegavam com perigo.
Mas o Grêmio estava numa noite muito boa. A dupla de zaga, apesar de oferecer alguns espaços, teve uma boa atuação. Julio Cesar e Mário Fernandes deixavam a defesa santista ensandecida a cada avanço. Marquinhos e Escudero foram, mais uma vez, brilhantes e decisivos, o primeiro com grandes lançamentos e o segundo com arrancadas fulminantes. Tudo com a proteção de Fernando e Fábio Rochemback e aproveitando os espaços criados pela marcação que Douglas recebia. Aliás, nosso maestro vai fazer falta na próxima rodada. Ele levou o terceiro cartão amarelo no segundo tempo.
Ganhamos o jogo que seria nosso divisor de águas no campeonato. Aos poucos, estamos mandando pra longe o risco de rebaixamento. Estamos crescendo e começamos a ser vistos com outros olhos, e o G-4 (G-3, ou G-5, não se sabe) já não está tão distante. Mas é preciso ir com calma, manter sempre os pés no chão. Emplacar três vitórias seguidas não é nada nesse campeonato. É preciso cuidado, qualquer tropeço é perigoso. Sem contar que não adianta chegar num G-4 e na próxima Libertadores, repetir 2011. Eu, sinceramente, prefiro reorganizar a casa, disputar dois títulos (Copa do Brasil e Sulamericana), pra depois sim, chegar com moral e buscar o tão sonhado Tri da América.
O segredo do sucesso é esse: mire o topo, mas sem perder a cautela, Grêmio. Quanto maior a expectativa que for criada, maior pode ser a frustração. Vamos seguir juntos, trabalhando com seriedade e dedicação. No momento, é muito bom e mais prudente terminar o ano numa posição intermediária, mas com confiança, do que num G-4 com tudo desorganizado.
Sábado é o Coritiba, no Couto Pereira. Jogo sempre difícil, ainda mais sem Douglas. É muito mais fácil caminhar com pés no chão do que com salto alto. Não nos esqueçamos disso.
Força e raça, meu Grêmio!
Por  @maurinhodutra
Foto @medeiros_carlos

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