segunda-feira, 5 de dezembro de 2011

A Importância do Homem Gre-Nal

A Importância do Homem Gre-Nal
O clássico de ontem, quando anunciada a tabela, causava arrepios e fortes emoções quando era mencionado nas “mesas-redondas” do Rio Grande afora. Todos citavam o jogo mencionando que valeria título ou vaga na Libertadores ao vencedor. Seria demais se assim fosse. E foi, mas pena que para nós não.
Mas, infelizmente, pra eles, foi sim. Nossa campanha ao longo do campeonato não foi capaz de nos fazer sonhar com o título, muito menos com uma vaga na competição que mais gostamos de jogar. Resultado: chegamos à última rodada do Brasileirão sem nada a fazer. A não ser atrapalhar o caminho deles, que precisavam da vitória, e de uma combinação de resultados, para confirmar o passaporte.
Hoje, não vou falar do jogo em si, pois o Grêmio até não jogou tão mal assim. Foi um time bravo, lutador, com cara de Grêmio. Vendeu caro a derrota e deu uma pontinha de orgulho pra nós torcedores. Vou falar de uma figura muito importante, ao qual não vejo no Grêmio atual alguém que mereça ser chamado assim: o “Homem Gre-Nal”.
O Homem Gre-Nal é aquele jogador que cresce na hora do clássico, que “não se micha” diante do rival e sempre dá um jeito de ser destaque e chamar o jogo pra si. Jorge Veras, Paulo Nunes, Danrlei, até mesmo o Traíra, Fabiano Cachaça, Christian. Jogadores que apareciam na hora que o bicho estava para pegar.
No jogo de ontem, o Inter fez-se valer dos seus Homens Gre-Nal. Índio, na defesa, e D’Alessandro, no meio e ataque, mais uma vez jogaram bem e cresceram na hora importante. O argentino, inclusive, jogou machucado. E, ainda assim, nos deu trabalho. Armou, desorganizou nosso meio-campo, criou as mais perigosas jogadas de ataque e converteu o pênalti que deu a vitória e colocou o Inter na Pré-Libertadores.
Não vejo, no time atual do Grêmio, um Homem Gre-Nal. Victor, nosso ídolo das traves, não tem um bom histórico, mas ontem foi o nome do clássico, evitando uma derrota mais elástica. Marcelo Grohe, apesar de ser reserva, tem mais vocação para isto do que ele, pois tem melhor histórico de resultados e atuações. Nos Gre-Nais do Gauchão, Júnior Viçosa, apesar de não ter tanta qualidade, e ser, na época, reserva, estava começando a surgir, ao marcar 03 gols em dois clássicos seguidos. Mas, por falhar no clássico mais importante, o da decisão do Gauchão, e por outros detalhes, acabou emprestado ao Sport, onde jogou a Série B do Brasileirão para ganhar experiência. Outro que pode vir a ganhar este status é o garoto Saimon, que anulou o “craque” Leandro Damião nos dois Gre-Nais do Brasileirão, com direito à “Tombo da Lambreta”. Mas, como Saimon não poderia anular Damião e D'Alessandro ao mesmo tempo, não tivemos sorte.
O ano de 2011 acabou de vez. Ficam os desejos de que nosso Grêmio volte a fazer um bom trabalho, tanto dentro quanto fora de campo. Que Caio Jr. e os novos reforços somem talento ao grupo que permanecer e possamos voltar a levantar grandes títulos e ter alegrias no último ano do Velho Casarão. E que vejamos o surgimento e afirmação de novos gremistas capazes de serem chamados de Homens Gre-Nal nos clássicos daqui pra frente.
Força e raça, meu Grêmio.

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