quinta-feira, 21 de julho de 2011

A Montanha-Russa Chamada Fábio Rochemback

Janela de contratações de 2009, o Grêmio precisando de reforços depois de ter caído nas semifinais da Copa Libertadores. Pressão por parte da torcida, impaciente com a gestão do então presidente, Duda Kroeff. A direção anuncia a contratação de um volante brasileiro, que estava em Portugal. Meio esquecido, fora de forma e desprestigiado. Mesmo depois de passagem por Barcelona, Sporting e Middlesbrough. Tinha tudo pra dar certo, se não fosse o fato de ele ser revelado pelo Inter.
Fábio Rochemback, gaúcho de Soledade. Gremista que começou a carreira no rival, pois foi onde teve oportunidade. Típico perfil de volante: porte físico forte, dono de passe qualificado e um petardo na sua perna direita. Começou como reserva do time de Marcelo Rospide, técnico que assumiu a equipe na queda de Paulo Autuori. Alternando sempre boas e más atuações, Fábio se destacava mais por estar sempre acima do peso e “desacostumado” a treinar forte.
2010 chegou, Silas assumiu o comando do Grêmio desde a pré-temporada. A parceria com Paulo Paixão fez com que o trabalho físico ajeitasse a vida de Rochemback, fato que culminou com o aparecimento, enfim, do futebol do volante. Um bom Gauchão, com o título garantido e a vaga no time titular surgindo graças às suas boas atuações e seu perfil de liderança.
Mas a descida da montanha-russa veio forte. O time não estava mais se encaixando, acabaram-se as vitórias e boas atuações, até que Silas, e a Direção de Futebol, caíram. A torcida pressionou, e Duda aceitou. Surgiu então Renato Portaluppi, o ídolo-treinador que foi o responsável pela elevação no percurso desta montanha. Fábio foi alavancado ao posto de Capitão do Grêmio, teve um posicionamento definido na equipe e, finalmente, rendeu o que todos esperavam.
A campanha de 2010, pós-Renato, foi brilhante. O time todo estava bem e Rochemback jogava o fino da bola. Tamanha habilidade pra bater na bola, com direito a inúmeros lançamentos “de uma área a outra”. Sem esquecer-se do futebol “com a cara do Grêmio”, a cada chegada forte ou carrinho dado pra desarmar o adversário. Mas, como diria o narrador da história de Joseph Klimber: “a vida é uma caixinha de surpresas...”.
Nossa campanha na Libertadores 2011 não foi boa, fomos eliminados nas oitavas-de-final. O Gauchão, depois de ganharmos o Gre-Nal do Beira-Rio, nós perdemos também. Renato foi embora. E, descendo de novo a montanha-russa, a torcida está “estranhando” as últimas atuações de Rochemback.
Particularmente, eu concordo em partes. Meus argumentos: ele errou em lances capitais em 02 jogos seguidos, vem errando mais passes do que o habitual. Mas, tudo isso, porque ele é o jogador que mais tem corrido no time do Grêmio. Desarma, ajuda a defesa, leva o time pra frente, e ainda orienta, dentro de campo, o posicionamento do time. Então, não seria um pouco de exagero dessa parte da torcida? Você concorda comigo? Ou também acha que a montanha-russa do nosso Capitão tá em descida de novo? Opine, não dói nada e é de graça.
                                                              
                                                                                                               Por @

Nenhum comentário: