E Não É Que a Sorte Ajudou?

Grolli marcou o gol da vitoria no final do jogo

No post pós-jogo depois do Gre-Nal do último domingo, eu mencionava que time sem qualidade não recebe ajuda da sorte. Nem quis entrar no enfadonho papo da imortalidade, fiquei só na questão da sorte mesmo. Mas não é que nesta quarta-feira tudo acabou bem?

Acabou sim. Vencemos o jogo, conquistamos uma vitória deveras importante para nossa situação na tabela do grupo 02 da Taça Piratini (entramos no G-4 pela primeira vez no campeonato), mas a vitória não pode, e nem deve, mascarar o que foi o jogo.

Nosso meio-campo, enquanto havia apenas um volante, mais uma vez o destacado Fernando, em campo, foi terrível. Faltou poder de marcação, o que acabou culminando em mais fragilidade em nossa zaga, que já é fraca. E, na frente, faltou criatividade na armação, já que Marquinhos estava longe dos atacantes e Marco Antônio ainda parece estar “sem embocadura” e ainda não conseguiu justificar sua contratação. Fato que deixou o ataque sem abastecimento e isolado, praticamente sem criar perigo.

Aproveitando-se da fragilidade da zaga, o Ypiranga conseguiu sair na frente. Em um contra-ataque que pegou o meio-campo aberto, deixando a zaga desguarnecida, o centroavante Lucas Silva ganhou de Naldo na disputa no alto, venceu Grolli no corpo, tirou de Victor e cruzou para Rodrigo Jesus abrir o placar com o gol aberto.

Gilberto Silva entrou em campo no lugar de Leandro, o Grêmio começou a se ajeitar e então apareceu o outro grande destaque do time: Marcelo Moreno. Que grande centroavante é este boliviano de sangue brasileiro que o Grêmio trouxe da Ucrânia. Além de participar das jogadas mais fortes, teve oportunismo para empatar o jogo no segundo tempo. Gabriel lançou na área, Fernando ajeitou com o peito para tirar da zaga e Moreno enfiou o pé na bola para mandá-la para a rede do bom goleiro Fernando Vizzotto, que já havia livrado o Ypiranga em pelo menos 05 oportunidades, como uma falta cobrada por Marquinhos, um cabeceio e um chute do próprio Moreno e dois lances de Marco Antônio.

Na busca incessante pela vitória, Caio Júnior promoveu o retorno de André Lima ao Grêmio e promoveu a estreia do garoto Guilherme Biteco, em lugar de Marquinhos. Biteco deu velocidade ao meio-campo e fez companhia a Bruno Collaço na esquerda. Em parte, até deu certo, mas o time de Erechim continuava assustando nos contra-ataques.

Até que, aos 48 minutos, veio o gol da vitória. Uma falta na intermediária deu chance à única jogada gremista que vem dando certo na temporada: a bola alçada na área. A “Força Aérea Tricolor”, composta por Marcelo Moreno, André Lima, Marquinhos, Naldo e Grolli invadiu a área. Biteco cobrou a falta, Grolli subiu de costas e, de casquinha na bola, tirou do goleiro. Bola na rede, Grolli na tela comemorando com a torcida, 2x1 no placar e três pontos na tabela.

Passada a festa da vitória, fica a expectativa por reforços para nosso meio-campo, que precisa melhorar. Fica também a esperança de uma melhora para o próximo desafio, o Santa Cruz, no Olímpico, sábado, às 21 horas. O horário é ruim, mas o Grêmio conta com você.

Força e raça, meu Grêmio.

Por @maurinhodutra